Mais de 190 países estão reunidos em Nagoya, no Japão, com o objetivo de formular um plano B para reduzir a perda de espécies e a destruição de ecossistemas do planeta. Estabelecido em 2002, o compromisso era reduzir o ritmo até este ano, mas nenhuma das 21 submetas foi alcançada integralmente. A 10ª Conferência das Partes da Convenção da Organização das Nações Unidas sobre Diversidade Biológica (COP-10), que iniciou nesta segunda-feira, 18, continua até o dia 29.
Segundo relatório divulgado na última semana, pela organização não governamental WWF (World Wildlife Fund, traduzida como Fundo Mundial da Natureza), o planeta, em menos de 40 anos, perdeu 30% da sua biodiversidade. Nos países tropicais, o percentual de perda chega a 60% da fauna e flora originais.
O mesmo estudo comprovou que os BRICs, grupo formado pelos países emergentes Brasil, Rússia, Índia e China, possui o dobro da população, mas uma menor emissão de carbono per capita. Porém, a pesquisa alertou que se esses países seguirem no futuro com o mesmo padrão de desenvolvimento e consumo da OCDE – Organização de Cooperação e de Desenvolvimento Econômico, formado pelos Estados desenvolvidos, até 2030 se estará consumindo o equivalente a dois planetas.
Para o professor Dr. Sebastião Venâncio Martins, no curso Restauração Florestal em Áreas de Preservação Permanente e Reserva Legal, desenvolvido pelo CPT – Centro de Produções Técnicas, “é necessário que as autoridades responsáveis pela conservação ambiental adotem uma postura rígida no sentido da preservação das florestas que ainda restam, e que os produtores rurais e a população em geral sejam conscientizados sobre a importância da conservação e do seu papel como colaborador para a manutenção da biodiversidade”.
No entanto, o Brasil, que é dono de pelo menos 15% da biodiversidade do planeta, pode ser um dos protagonistas da conferência. Em documento oficial apresentado à convenção da ONU, o governo reconhece ter cumprido apenas duas das 51 metas nacionais de proteção da biodiversidade. Todavia, segundo os ministérios do Meio Ambiente e das Relações Exteriores, o Brasil é um dos países com mais resultados a apresentar em Nagoya, entre eles a redução do desmatamento na Amazônia e a criação de áreas de preservação.
Durante a negociação, a orientação da diplomacia brasileira é condicionar a adoção de compromissos ambiciosos à garantia de financiamento e transferência de tecnologia por parte dos países ricos. O Brasil também defenderá a criação de um painel científico para a biodiversidade, nos moldes do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas, o IPCC.
Por: Ariádine Morgan
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