O corpo fala para unir a multiplicidade do processo de comunicação

É extremamente importante que seja bem usada a linguagem corporal, também chamada de linguagem silenciosa.

No processo de comunicação interpessoal, 7% da importância fica com as palavras, 38% com a tonalidade de voz e 55% com a linguagem corporal. Devido a isso, falar bem é saber utilizar com eficiência esses atributos, desde a entrada até a saída do palco. Ao entrar, com segurança, com passo firme, cumprimentando o auditório, olhando nos olhos dos participantes e com um sorriso discreto, está sendo feita a primeira utilização da comunicação corporal.

É extremamente importante que a linguagem corporal, também chamada de linguagem silenciosa, acompanhe todas as conversas, para que o orador consiga transmitir sua mensagem com a emoção e o interesse que deseja que ela desperte. Isso acontece porque no processo de comunicação as percepções são múltiplas e não singulares ou específicas. Essa multiplicidade vai garantir que a informação seja enviada com efeito.

Uma dica do professor Marcos Antonio Barbosa, no curso Falando em Público, desenvolvido pelo CPT – Centro de Produções Técnicas, é manter, na apresentação em pé, uma distância de aproximadamente 20cm entre os pés. “Na apresentação de uma palestra ou discurso, as pernas deverão se movimentar o mínimo possível, mas não precisam ser também uma estátua. No caso de cursos, o instrutor deve caminhar normalmente pelo salão, sem ficar “correndo” para os lados ou para a frente, pois isso cansa os ouvintes”, explica o professor.

Um comportamento necessário é evitar “falar com a cabeça”. Alguns oradores movimentam a cabeça no ritmo da fala, sacodem tanto, que parece que a qualquer momento ela vai se desprender do pescoço e rolar pelo palco.

Para o professor Barbosa, o semblante pode ser considerado a parte mais poderosa no processo de comunicação entre os seres humanos. Da mesma forma em que o orador é observado, transmitindo seus sentimentos à plateia, essa também é observada pelo orador. “É preciso não exagerar na expressão facial para não se tornar caricato. Quando o apresentador for ler sentado ou dar entrevistas, as expressões ganham muito mais importância. Caras e bocas exageradas, trejeitos e caretas, biquinhos e outros, além de serem caricatos, tiram a atenção do ouvinte, não sendo bom para a imagem do palestrante”, comenta Barbosa no curso.

Por: Ariádine Morgan

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