De fácil adaptação, a mandioca é cultivada em todos os estados brasileiros. O que limita seu cultivo é o frio, sendo desaconselhado o plantio a mais de mil metros de altitude. A temperatura no ciclo vegetativo, isto é, nos seis a oito meses após o plantio, deve ser superior a 20ºC. No caso de temperaturas elevadas, a brotação das raízes e o tamanho das folhas são afetados.
A alta luminosidade, por sua vez, favorece a cultura, mas em períodos de luz maiores que 12 horas a formação das raízes é prejudicada. A precipitação ideal está em torno de mil milímetros, distribuídos pelo ciclo vegetativo da cultura. A falta de umidade no solo pode ser crítica na fase de enraizamento. Já os excessos podem causar o desenvolvimento de fungos nas raízes. O período de maior sensibilidade está entre 30 e 150 dias após o plantio, na fase de enraizamento.
O plantio da mandioca deve ser feito logo depois das primeiras chuvas. Assim, é realizado depois do inverno, nos estados do Sul e do Centro do país; e após a seca, nos estados do Norte e do Nordeste.
Essas e outras informações fazem parte do curso Cultivo de Mandioca, desenvolvido pelo CPT – Centro de Produções Técnicas. A professora coordenadora, Dr.ª Marney Pascoli Cereda, professora titular da UNESP-Botucatu e pesquisadora do CERAT - Centro de Raízes e Amidos Tropicais, ensina o preparo de mudas, do solo, o passo a passo do plantio, a consorciação e rotação de culturas, tratos culturais, controle de pragas e doenças, como fazer a colheita e a conservação pós colheita, além de todo o custo de produção.
De acordo com Cereda, a mandioca apresenta uma série de vantagens em relação a outros cultivos. “Ela é de fácil propagação, elevada tolerância a longas estiagens, rendimentos satisfatórios mesmo em solos de baixa fertilidade, pouca exigência em insumos modernos, potencial resistência ou tolerância a pragas e doenças, e elevado teor de amido nas raízes”, menciona a professora.
O cultivo ainda tem boas perspectivas de mecanização, do plantio à colheita, sem grandes perdas na matéria seca. Também permite consórcio com inúmeras plantas alimentícias e industriais. Quando utilizada na indústria, possibilita uma série de produtos e subprodutos para alimentação humana, animal ou uso industrial.
Por: Ariádine Morgan
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