As queimadas podem começar por causa das intempéries da natureza, porém, o maior agente causador das mesmas é o homem. Às vezes, por distração, jogando pontas de cigarro na beira de matas, outras, por perpetuar técnicas de limpeza de pasto, usadas há décadas, sem o devido cuidado. O fato é que os efeitos causados pelos incêndios florestais são devastadores, provocando diversos danos ao ecossistema e às pessoas.
O que começa como uma pequena fogueira, por causa do tempo seco desta época do ano, acaba tomando proporções assustadoras. Imagens de satélite mostram que a cada 10 segundos surge um novo foco de incêndio no Brasil. No sul do Pará, uma área equivalente a 21 campos de futebol já foi perdida. A 30 km do município de Marabá, na mesma região, a mata nativa e o reflorestamento estão em perigo. No estado de Goiás, 60% do Parque Nacional das Emas, a maior reserva de cerrado do país, foi destruída.
A dificuldade de combate explica-se pelo fato de que o comportamento do fogo é um processo bastante complexo e muito variável, de acordo com as condições locais no momento do incêndio. Essas podem ser alteradas rapidamente, mudando também as características do incêndio e a forma de combate. Fatores como vento, umidade do ar, topografia e altitude interferem bastante.
O professor Dr. Guido Assunção Ribeiro, no curso Formação e Treinamento de Brigada de Incêndio Florestal, elaborado pelo CPT – Centro de Produções Técnicas, afirma que “quando discutimos sobre controle de incêndios florestais, o trabalho mais importante é a prevenção. Se, a partir de um eficiente programa de prevenção, a ocorrência de incêndios pudesse ser totalmente controlada, os custos tanto econômicos, quanto ecológicos e sociais, seriam evitados.”
No entanto, não existem programas de prevenção que sejam totalmente eficientes, e sempre ocorrerá incêndios florestais. Nesses casos, deve ser feita uma ação de combate rápida, organizada e planejada. “Todos os planos de combate devem seguir as seguintes etapas para o controle do fogo: detecção do foco, mobilização do pessoal, estudo da situação e reconhecimento prévio, definição e aplicação do método”, completa o professor.
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