Como administrar o capital de giro da sua empresa

O capital de giro é muito importante para empresa e deve ser alvo da atenção dos gestores

Em termos contábeis, o capital de giro é calculado pela diferença entre o Ativo Circulante (AC) e o Passivo Circulante (PC), ou seja: sendo o AC bens e direitos em curto prazo da empresa e o PC obrigações para com terceiros no mesmo prazo, a diferença indica o volume de aplicações adicionais que a empresa possui, após a quitação dos seus compromissos de curto prazo.

Se o capital de giro é negativo, a empresa não possui aplicações suficientes em circulação, em curto prazo, capazes de assegurar o pagamento das obrigações com terceiros.

Assim sendo, a princípio, o administrador deveria buscar aumentar o capital de giro, permitindo um volume de bens e valores a receber superiores às obrigações de curto prazo.

Pode fazê-lo atuando em pontos específicos do ativo ou passivo, ou contrair empréstimo para recomposição do capital. Nesse caso, é importante identificar a origem da falta de capital de giro, pois, do contrário, o recurso novamente será insuficiente em curto prazo.

Fica a sensação de que todo o dinheiro colocado na empresa “some” e o administrador não sabe “para onde ele foi”.

Um capital de giro muito grande resulta de muito AC, pouco PC ou ambos, o que, quase sempre, prejudica a rentabilidade da empresa. Nesse caso, é interessante alocar recursos no aumento da capacidade operacional da empresa, ou investir em outras atividades.

Quais as contas que afetam o capital de giro?
A administração do Capital de Giro é um dos aspectos mais importantes da administração financeira e está relacionada à gestão dos recursos ligados à atividade geradora de riqueza. Se a empresa não puder manter um nível satisfatório de capital de giro, provavelmente, irá se tornar insolvente, podendo mesmo ser forçada a pedir concordata, ou ter sua falência decretada.

Identificação da necessidade de capital de giro
A análise do ciclo operacional da empresa é um importante instrumento para a administração do capital de giro. O ciclo operacional é composto por dois ciclos, a saber, o ciclo econômico e o ciclo financeiro.

O ciclo econômico corresponde ao período entre a aquisição (compra de matéria-prima ou mercadorias) e a venda das mercadorias ou o produto produzido. Pode-se dizer que o ciclo econômico se equivale ao prazo de estocagem das mercadorias na empresa. O ciclo econômico corresponde, portanto, à movimentação de estoque.

O ciclo financeiro corresponde ao prazo médio decorrido entre as saídas de caixa (pagamentos) e as entradas de caixa (recebimentos). O ciclo financeiro corresponde, portanto, à movimentação de numerário (dinheiro).

Os dois ciclos ocorrem em momentos diferentes, ou seja, existe uma defasagem de tempo entre eles. A movimentação de mercadorias não ocorre no mesmo momento da movimentação de numerário.

A mais importante implicação dessa constatação é que a empresa não necessita ter, no momento da compra, dinheiro disponível e pode não recebê-lo no ato da venda. Dessa forma, obriga-se a manter rigoroso controle sobre esses ciclos com o objetivo de não carecer de recursos para financiar sua atividade operacional.

Confira mais informações sobre esse e outros assuntos relacionados aos aspectos financeiros de uma empresa no curso Administração Financeira na Pequena Empresa elaborado pelo CPT – Centro de Produções Técnicas.