As primeiras atividades do dia de funcionamento em um aterro sanitário são a compactação e o aterramento do lixo descarregado da coleta noturna. Enquanto isso, uma escavadeira mecânica retira material de cobertura de uma encosta dentro da área do aterro e, ao mesmo tempo, abre mais espaço para aterramento de lixo. "A terra retirada para material de cobertura é transportada em caminhões, até a frente operacional, o mais próximo possível do ponto de aterramento", afirma Maeli Estrela Borges, professora do Curso a Distância CPT Aterro Sanitário - Planejamento e Operação. O lixo que chega é descarregado no pátio de descarga, uma área que fica o mais próximo possível da frente de operação, para facilitar o trabalho dos tratores que com a lâmina levam ou empurram o lixo, espalhando-o e compactando-o.
Qualquer que seja o método ou tipo de aterro, o sistema de execução é praticamente o mesmo, consistindo na execução de drenagens, confinamento e compactação dos resíduos em células, recobrimento diário com material de cobertura, destinação do chorume e do biogás.
A definição da altura das células de lixo e da cobertura com terra é determinada, considerando-se o futuro uso da área, o método de operação mais conveniente em função das condições topográficas e a perspectiva de captação e aproveitamento do biogás. Não existe a fixação de um número exato de células que poderão ser sobrepostas. Recomenda-se que o início de operação da primeira célula esteja em cota acima, no mínimo, de 3 metros do nível do lençol d'água subterrâneo e, para a superfície final da célula superior, prevalece a cota que for determinada no projeto.
A cobertura da camada final do aterro sanitário deve dispor de aproximadamente 60 cm de altura de terra compactada com declividade uniforme de pelo menos 1%, para evitar formação de poças e infiltração de água no seu interior. O acabamento final com uma camada de terra de maior altura visa prevenir os efeitos da erosão e proteger o aterro da presença e proliferação de vetores de doenças, como: moscas, mosquitos, baratas e ratos.
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Por Silvana Teixeira.
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