O professor Werter Valentim de Moraes, explica que como parceiros na maior indústria do mundo, os profissionais do turismo têm papel cada vez mais poderosos e estratégicos a desempenhar na formação do desenvolvimento econômico e condições ecológicas de nosso ambiente.
Acrescenta que atualmente, as empresas de turismo devem se preocupar em planejar e promover de forma legítima e a longo prazo os serviços que são oferecidos aos visitantes, sem comprometer a qualidade do meio ambiente e a autenticidade das diversas culturas.
Contudo, o turismo é uma atividade que se vê ameaçada em nosso país. Apesar de o Brasil ser rico em biodiversidade e paisagens naturais, atraindo milhares de turistas por ano e líder em atrativos naturais na américa latina, nosso país têm sofrido duros golpes ambientais que não só podem, como já estão prejudicando o desenvolvimento da atividade e suas diversas formas.
Dados recentes do WTTC – sigla em inglês para Conselho Mundial de Viagens e Turismo – indicam que o setor do turismo foi o responsável por aproximadamente 8% de todo o PIB brasileiro, movimentando aproximadamente US$152 bilhões.
Eventos que colocam a natureza em risco têm sido comuns por aqui, muitos provocados pela ação do homem, o que interfere diretamente nas atividades turísticas e, em efeito cascata, na economia e geração de renda do Brasil.
É possível perceber que há uma relação direta entre preservação do meio ambiente e desenvolvimento econômico não só em nosso país. É possível manter a atividade em alta, aproveitando dos benefícios que a natureza oferece, mas cuidando para que não haja prejuízo a ela e a oferta cesse. E isso não depende de somente uma pessoa: é preciso que empreendedores do turismo, órgãos públicos, pesquisadores, instituições privadas e sociedade civil estejam alinhadas com relação a esse objetivo.
A seguir, apresentamos os principais riscos ambientais que podem afetar diretamente o turismo no Brasil:
Derramamento de óleo
Dentre os desastres ambientais mais recentes, o derramamento de óleo no oceano atlântico produziu perdas irreparáveis. Em agosto do ano passado, o óleo chegou à costa e afetou várias praias do Nordeste. Foi verificado que houve dano permanente ao ecossistema em alguns casos, além de prejuízo à economia local e à saúde humana. Todo o óleo derramado ainda levará bom tempo para que haja redução em sua contaminação química, o que faz com que esse problema siga prejudicando a natureza por mais algumas décadas. O turismo no Nordeste é importante para o país, pelo fato de que a região possui diversas praias e paisagens naturais. Como se não bastassem todos os problemas citados, a pesca e a culinária local também sofrem com o derramamento de óleo, uma vez que os peixes o absorvem e contaminam toda a cadeia alimentar.
Queimadas
Extremamente comuns em nosso país – o que é preocupante –, as queimadas destroem, ano após ano, toda a vegetação nativa presente aqui. De acordo com o Inpe – Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais –, o ano passado foi o que mais teve registro de focos de queimadas no território brasileiro. O IPAM – Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia – calculou que pede chegar a US$90 milhões a perda econômica produzida pelas queimadas, dado que elas liberam toneladas de carbono no ar, promovem a perda da biodiversidade e desequilíbrio ecossistêmico, além de provocar alterações climáticas e erosão do solo.
Turismo predatório
Os próprios turistas são os responsáveis por prejudicar o turismo. Isso porque existe o chamado turismo predatório, aquele em que as visitações geram impactos ambientais, culturais e sociais negativos aos locais visitados, além de turistas que não respeitam regras e contribuem para o esgotamento dos recursos naturais.
Desmatamento
Prejudicando a biodiversidade e degradando o habitat de várias espécies, o desmatamento também produz danos sérios ao meio ambiente, além de piorar a crise climática global. Quando há, também, manejo incorreto do solo, surge a erosão, que reduz a produtividade da superfície terrestre.
Fonte: Ambiente Brasil – noticias.ambientebrasil.com.br
por Renato Rodrigues
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