Como usar os florais

Para detectar o valor terapêutico das flores, existe o método de observação chamado assinatura das flores. Foto: reprodução

Para detectar o valor terapêutico das flores, existe o método de observação chamado assinatura das flores. Segundo esse método, observamos alguns detalhes concernentes a cada flor específica em estudo e ao grupo a que pertence como um todo. Assim, atentamos para sua forma, suas cores, para o tipo de terreno em que a planta nasce e cresce, se ela nasce espontaneamente nos pastos, nas pedreiras, na água, no esterco de animais, em cima de outra árvore, se ela se prolifera por estaquia ou por sementes, se prefere locais sombreados ou ensolarados e se fornece sementes e frutos.

“ Os florais não curam determinado sintoma, da forma como agem os remédios alopáticos; eles agem criando condições para que a pessoa enfrente suas dificuldades com mais naturalidade e harmonia”, afirmam os professores Olinto José de Oliveira Neto e Bruno Marques da Silva, do curso Florais – Preparo e Utilização, elaborado pelo CPT – Centro de Produções Técnicas.

A terapia floral utiliza apenas as flores na preparação das essências. A essência é utilizada muito diluída, não tendo matéria física suficiente para ter efeito farmacológico. As essências florais nunca são tóxicas, pois têm natureza vibracional. Elas têm o potencial de desenvolver a consciência e a personalidade do paciente. Este poderá se tornar um agente de sua própria cura, à medida que adquire uma compreensão mais profunda das causas emocionais de sua doença.

Não existe nenhum mistério ou magia na preparação dos florais. Segue-se, ainda hoje, a mesma técnica utilizada pelo Dr. Bach, a qual é extremamente simples e não requer equipamentos especiais. O Dr. Bach optou pela simplicidade para que todos pudessem compreendê-los e prepará-los. Ele queria que essa terapia fosse bastante acessível e de fácil uso. No entanto, as plantas a serem utilizadas devem ser de elevada vibração magnética, contendo apenas vibrações benéficas. Além disso, devem ser sadias e vigorosas e não podem estar afetadas por doenças ou ter parasitas.

A essência deve ser preparada nas imediações do local onde cresce a planta utilizada para a coleta das flores. A planta deve estar no auge da floração. A retirada da essência da flor pode ser feita por meio da exposição ao sol, pela exposição à luz da lua ou pela fervura. Em qualquer um dos métodos, colhem-se somente as flores perfeitas e completamente desabrochadas. Elas devem ser cortadas diretamente dentro de uma vasilha de vidro com água.

Bach recomendou que se usasse água de fonte. Os florais devem ser preparados com a água neutra e saudável das nascentes ou poços, ou mesmo água mineral sem gás. Água de fontes curativas não são recomendadas, em virtude da sua forte vibração natural. Também não é indicado o uso de água esterilizada, desmineralizada ou destilada. A água de fonte ou de nascente deve ser coletada na hora de preparar o floral.

A dosagem padrão da solução de uso é de quatro gotas por vez, de quatro a seis vezes ao dia, de preferência colocadas sob a língua. Foto: reprodução 

Dosagem

A dosagem padrão da solução de uso é de quatro gotas por vez, de quatro a seis vezes ao dia, de preferência colocadas sob a língua. Essa dosagem padrão pode ser alterada, conforme as necessidades particulares. A indicação de quatro gotas por vez atende a critérios de ritmo e de sincronização. Há uma sincronia entre a queda de cada gota na boca e cada pulsação do corpo. Por isso, recomenda-se manter a dosagem de quatro gotas por vez.

Dependendo da gravidade da situação, pode ser necessário utilizar o floral mais vezes ao dia, podendo ser até de 10 em 10 min. Quando há m necessidade de conduzir o tratamento mais lentamente, utilizam-se menos de quatro repetições por dia.

Número de essências no mesmo frasco

Várias essências podem ser ministradas ao mesmo tempo em um único frasco. A prática tem demonstrado que o número máximo de 12 essências é, quase sempre, suficiente para o tratamento de diversos sintomas.

Duração do tratamento

O tratamento deve ser mantido, pelo menos, por dois meses, podendo prolongar-se por mais tempo.

Aplicação tópica

Em ferimentos ou lesões superficiais pode ser utilizada uma aplicação no local (tópica), misturando-se algumas gotas da solução- estoque com um pouco de água filtrada. Essa mistura deve ser aplicada diretamente sobre o local, de duas a três vezes ao dia. Para esse tipo de tratamento, também, pode ser usada a fórmula de uso interno, que deve ser gotejada sobre o local machucado.

Colírio

Outra forma de aplicação é o colírio. Nesse caso, deve ser usado somente água ou soro fisiológico, sem nenhum tipo de conservante (brandy ou vinagre), devendo o floral ser mantido sob refrigeração. Aplicam-se duas gotas do floral em cada olho, de duas a três vezes ao dia.

Harmonização de ambiente

Para harmonização de um ambiente, por meio da elevação do padrão vibratório, os florais devem ser borrifados no ambiente, usando um frasco com bico tipo spray. Recomendam-se de quatro a seis gotas de cada uma das soluções-estoque para cada 100 mL de água.

Soluções emergenciais

As soluções emergenciais, como Rescue, Buquê de 5 Flores, ou Buquê de 9 Flores devem ser preparadas a partir das respectivas soluções-estoque com quatro gotas, em vez das duas usuais. Em situações graves ou emergenciais, os florais podem ser ministrados diretamente a partir da solução-estoque. Se a pessoa estiver impossibilitada de ingerir o preparado floral, este deverá ser esfregado nas partes com maior irrigação sanguínea do corpo, como os lábios, as têmporas, a nuca, o pescoço, as axilas, o umbigo, entre outros.

Os efeitos do uso de florais são sempre benéficos e suaves. Não há contraindicações. Eles podem ser utilizados junto a remédios alopáticos e homeopáticos. Não criam dependência física ou psíquica nem apresentam efeitos colaterais.

Entretanto é importante dizer que, embora os florais tenham efeito sempre benéfico, eles não substituem um tratamento médico necessário. Assim, a terapia floral não pretende substituir a terapêutica médica.

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Por Andréa Oliveira