Antes de adotar um cãozinho, pense bem!

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De forma geral, as pessoas não levam em consideração diversos fatores antes de adotar um cão. “De forma geral, dicam sensibilizadas ao passar na frente do pet shop e ver aquele filhotinho fofinho muito sensível e atraente”, afirma Lucas Bonoto, professor do Curso a Distância CPT Como Cuidar e Educar o seu Cão.

É necessário pensar em uma série de coisas para que esta decisão não se torne um verdadeiro terror. É necessário considerar primeiro que esse mesmo filhote que hoje está pequeno e fofinho vai crescer e ficar em sua companhia por cerca de uma década. Além disso, ele necessita de cuidados e não é um objeto que depois de um tempo você possa jogar fora, ou dar para alguém quando o impulso acabar.

Depois de tomada a decisão de comprar ou adotar um cachorro, você se torna imediatamente responsável por ele. Como ele é totalmente dependente de você, é necessário refletir se sendo um novo dono você terá condições de oferecer ao cão um local para a sua sobrevivência com espaço para dormir, brincar, comer, beber água e se interagir.

Decidindo que realmente quer adotar um cãozinho, é necessário saber escolhê-lo, de acordo com suas intenções. Para que a escolha não seja equivocada e para que você tenha alegrias por dez anos, em vez de aborrecimentos por uma década. A primeira pergunta a ser feita é: para que eu quero um cachorro?

Essa pergunta é muito importante, e a resposta a ela vai influenciar em todas as outras. O cão pode ter diversos objetivos em um novo lar, e o tipo de cão a ser adquirido vai modificar totalmente em função desse objetivo. Fica fácil entender que um cão para proteger um quintal é diferente de um cão para conviver com os seus filhos adolescentes e que é totalmente diferente do cão que vai viver com um casal de idosos. Se você tem muito espaço e um quintal, pode escolher alguns tipos de raça. Mas, se o novo inquilino vai viver confinado em um apartamento, essa condição deve ser considerada.

Se o novo dono é do tripo calmo, tranquilo e não gosta muito de passear, não deve escolher uma raça que seja muito agitada como um Labrador, Border coolie ou um Fox paulistinha. Veja que nesse exemplo não foi considerado o tamanho do cão, pois nesses temos um grande, um médio e um pequeno. Essas raças, por serem muito agitadas, vão acabar dando dor de cabeça, querendo brincar e sair o tempo todo. Por outro lado, se você já é uma pessoa que gosta de exercícios ao ar livre, não deve escolher ter um Pug ou um Shih-Tzu, pois são raças que não suportam exercícios.

Se o cão vai conviver com crianças, para a segurança delas, deve-se esxolher raças com temperamento tranquilo, que convivam bem com elas, como o Boxer ou o Golden. Imagine raças tradicionalmente estressadas como o Pequinês ou Pinscher, quando a criança começar a colocar a mão em sua boca, colocar o dedo em seu olho ou subir em cima para montar cavalinho.

Portanto, reflitam muito sobre se realmente querem um novo amigo. Decidido que sim, deverá, antes de tudo, definir qual é o objetivo com esse novo amiguinho. Decidido o objetivo, você pode passar para o segundo passo que é escolher a raça, que proporcionará mais chances de acerto, qual o temperamento, comportamento e porte do cão. Evidentemente que se pode definir essas qualidades com um cão sem raça definida.

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Por Silvana Teixeira.