Empresas de dedetização

Controle de cupins através de técnicas de dedetização

O controle de pragas começou a ser realizado comercialmente no Brasil na década de 40. Antes disso, ele era responsabilidade do governo em campanhas de saúde pública. Com o crescimento dos centros urbanos, os problemas com insetos e roedores têm se agravado devido, principalmente, ao enorme volume de lixo produzido diariamente sem um destino apropriado. A falta de conscientização das pessoas e a falta de planejamento do governo agrava ainda mais a situação. Sem o tratamento adequado de água e esgoto, ocorre a proliferação de pragas que causam diversas doenças infecciosas e parasitárias ao ser humano.

No curso Como Montar e Operar uma Empresa de Controle de Pragas Domésticas, elaborado pelo CPT – Centro de Produções Técnicas, Antônio Carlos P. Antunes, especialista em controle de pragas urbanas, ensina passo a passo como montar e manter a sua empresa de controle de pragas. Ele sugere os melhores produtos e equipamentos para serem usados e apresenta a biologia desses bichos para que você possa conhecer todos os seus hábitos e características físicas. Além disso, visando um trabalho de excelente qualidade, Antunes cita e explica as técnicas mais eficientes de controle de pragas.

Controle de pragas

Larva de cupim: uma praga doméstica urbana e rural

São várias as técnicas que podem ser utilizadas no controle das pragas. No entanto, antes de aplicá-las, é importante considerar alguns pontos essenciais ao bom desempenho do seu trabalho. Para Antunes, independentemente do método escolhido pelo profissional, é preciso que ele leve em conta esses quatro tópicos:
a) Concentração suficiente para atingir o alvo, proporcionando a ação de controle necessária à atuação;
b) Distribuição uniforme nas superfícies de aplicação;
c) Mínimo de risco possível para o ambiente e população não alvo;
d) Viabilidade econômica.

Ao abrir a sua empresa, é também essencial que os aspectos de segurança sejam estudados e seguidos à risca. Por se tratar de um processo baseado em produtos químicos, os cuidados com a proteção garantem a integridade física dos funcionários responsáveis pela dedetização. Os equipamentos de proteção individual, também conhecidos como EPIs, devem ser utilizados por todos eles durante a dedetização. No curso, há uma tabela representativa dos equipamentos necessários para cada classificação toxicológica, na qual podemos verificar que máscara, luva, óculos, macacão e bota são indispensáveis quando a classificação é extremamente tóxica, altamente tóxica e mediamente tóxica. Já na levemente tóxica, os óculos são opcionais.

Dedetização e tipos de praga

Dedetizador utilizando os equipamentos de proteção individual

Antunes acredita que as empresas de dedetização têm se fortalecido e obtido altos lucros nos últimos tempos devido ao incessante crescimento urbano. Além disso, as inspeções sanitárias em lanchonetes, restaurantes e empresas de alimentos têm se tornado cada vez mais frequentes e exigentes. A manipulação e higienização dos produtos alimentícios comercializados passam por uma inspeção rigorosa e detalhada pelos fiscais sanitários para verificar se estão sendo operadas de maneira correta, fato que leva o empresário a recorrer às empresas de controle de pragas com muito mais frequência do que há alguns anos.

O especialista em controle de pragas urbanas afirma que a competição por espaço entre elas e o homem data de muitos anos. Isso pode ser explicado pelo fato de que os insetos representam mais de 70% do total de espécies biológicas existentes no mundo. Ele esclarece que na verdade esses animais só são considerados pragas porque estão no ambiente urbano, local inapropriado para a sua procriação. Ao invadir o território dos animais para construções civis ou para desmatamento, o próprio homem faz com que eles migrem para as cidades. Quando estão no seu habitat natural, esses insetos e roedores são apenas animais vivendo em ambiente apropriado, participando normalmente da cadeia alimentar.

Plantação cafeeira prejudicada pelas pragas

De acordo com Antunes, existem dois tipos de pragas: as urbanas e as rurais. Aquelas normalmente são representadas por baratas, ratos e cupins que, por algum motivo, migraram para a cidade. Já as  pragas rurais, como o próprio nome sugere, são aquelas que se encontram em sítios e fazendas, causando doenças nas criações e prejudicando as plantações. Em lavouras, é possível fazer o controle sem utilizar produtos tóxicos. Antunes sugere algumas práticas agrícolas que auxiliam essa tarefa: rotação de culturas, uso de plantas resistentes às pragas, adubação e irrigação adequadas e destruição de resíduos de colheitas anteriores.

Por Camila Guimarães Ribeiro