“Na espontaneidade provocada no aluno, há erros e limites. Faz-se necessário que o aluno demonstre sua verdadeira compreensão do que lhe foi proposto. Os erros construtivos têm uma determinada lógica. Há outros, porém, que não podem ser assim denominados”, ressalta a professora Rozimar Gomes da Silva Ferreira, do Curso CPT de Avaliação do Aluno no Processo Educacional — Fundamental e Médio.
Antigamente, a decisão do professor quanto à avaliação era soberana, sem direito à revisão. Infelizmente ainda presenciamos alguns abusos de autoridade vindos dos professores. Como exemplo, citamos os vários alunos que chegaram para a prova do Enade, quando ainda faltavam 29 minutos, impedidos de fazer a prova. As suas justificativas de caos no trânsito de nada adiantaram.
Entretanto, outras instituições menos tradicionalistas mostram-se mais flexíveis, pois sabem que podem ser falíveis. Dessa forma, asseguram nos editais um tempo para entrada de recursos, caso os participantes não concordem com os gabaritos. Ou seja, isso nos mostra que, na atualidade, estamos caminhando para uma consciência de que o erro não é unilateral, mas aceita revisão!
Avaliação e erro
Levando-se em conta a visão construtivista do erro, percebemos que os ideais do professor prevalecem sobre os do aluno. Ao falarmos de avaliação, as observações de um e outro educador se complementam, porque às vezes os professores são obrigados a reformularem suas questões, devido às diferentes respostas dos alunos.
Assim, cabe ao professor propiciar aos alunos uma troca de ideais, de conhecimento, de reflexão, pois isso é primordial para que o lado crítico dos educandos se desenvolva. Esse tipo de avaliação mediadora requer atenção individual do aluno. Realizando várias tarefas, o professor poderá entender em que patamar está aluno, de forma gradativa.
Por exemplo, se um aluno escreve uma palavra de forma errada, esta deve ser considerada, devendo haver o incentivo do aluno para que a modifique, pois, isto não é um erro construtivo. Por outro lado, se outro educando diz que a galinha voa como o pássaro, porque tem penas, este já é um erro construtivo, pois tem uma determinada lógica.
Daí a necessidade de o professor não ser coercivo, dizendo “faça isto”, “não é assim”, “está errado”, muito menos entregar a resposta pronta para o aluno. “Diz-se que o indivíduo aprende porque se desenvolve, e não o contrário: o indivíduo se desenvolve porque aprende” (HOFFMANN, 1998, p. 80). Atribuir notas, pontuar os erros, faz com que o aluno se sinta desmotivado a aprender.
É primordial que saibamos que o erro não é nada definitivo, ele deve ser mutável, dinâmico, constituindo um caminho para o desenvolvimento do ser humano. Nesse sentido, não há porque castigar ou inibir o aluno (como se fazia antigamente). O erro é a sustentação do desenvolvimento, da evolução individual.
Transitando entre erros e acertos, é sempre importante realçar alguns objetivos da escolarização, quais sejam:
— conseguir informações sobre as conquistas das gerações precedentes;
— construir funções cognitivas para atuação no mundo físico e social;
— elaborar atitudes e valores para os alunos se tornarem cidadãos conscientes e responsáveis.
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Por Andréa Oliveira
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Comentários
Simone Cristina da Silva
18 de jun. de 2020Amei essa matéria foi muito válida para o meu aprendizado obrigada.
Resposta do Portal Cursos CPT
18 de jun. de 2020Olá,Simone
Como vai?
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