
Havendo vários níveis de linguagem, como no Brasil - País de grande extensão territorial e incontáveis comunidades totalmente diferentes entre si - é natural que se pergunte o que é considerado certo e o que é errado em um determinado idioma.
“É preciso pensar a língua em termos de adequação. Para que o processo de comunicação seja eficiente, é preciso planejar o que vamos dizer (a mensagem), a quem se destina (o destinatário), onde (local em que acontece o processo de informação) e como será transmitida a mensagem”, afirma afirma Prof.ª Rozimar Gomes da Silva Ferreira, do Curso CPT Português para o Dia a Dia.
Definidos esses fatores, é preciso escolher a forma adequada de realizar a comunicação. Uma propaganda de um produto destinado ao público infantil deve ser veiculada em um tipo de linguagem diferente daquela dirigida a adultos. Os meios de comunicação - rádio, TV ou revista - também devem ser levados em conta. Assim, não se trata de estar certo ou errado, mas de estar adequado, para ser eficiente. A adequação da linguagem se assemelha à escolha da roupa: terno e gravata é muito elegante, mas para ir à praia tomar sol é preciso usar roupa de banho.
Normalmente, a escola nos diz que certo é tudo o que está de acordo com a gramática normativa. A partir dessa afirmação, somos levados a utilizar a norma gramatical em todas as situações. E, em muitos casos, a linguagem pode soar um tanto “afetada”, sem naturalidade. Uma frase como “Havia muitas pessoas na festa promovida pelos alunos do curso de Odontologia” está, seguramente, de acordo com a gramática normativa ensinada nas escolas. Em uma situação de comunicação informal, porém, soará muito mais natural dizer “Tinha muita gente na festa da Odonto”, embora a gramática tradicional não aprove o uso do verbo ter como sinônimo de haver, quando este significa existir.
Entretanto, a norma gramatical que aprendemos na escola não é inútil. Ao contrário, sendo usada no momento adequado, ela é extremamente útil. De novo o critério da adequação: ao responder por escrito as questões de uma prova, ou elaborar trabalhos acadêmicos, como resumos de livros, relatórios, resenhas e monografias, é fundamental o uso da norma gramatical. Não devemos escrever do modo como falamos. A língua escrita é outra realidade.
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Por Silvana Teixeira.
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