Um dos maiores desafios dos empreendedores é a precificação. Hélvio Tadeu Cury Prazeres, professor do Curso CPT Administração Financeira na Pequena Empresa, destaca que para precificar produtos e serviços da forma adequada, devem-se considerar os custos variáveis (diretos), os custos fixos (indiretos) e a margem de lucro da empresa. Dessa forma, torna-se mais simples reajustar os custos da empresa para economizar mais e aumentar a lucratividade dos negócios.
Custos variáveis (diretos)
A quantidade das vendas dos produtos/serviços determina os custos variáveis. Estes recaem sobre as vendas ou prestação de serviços. Nesse sentido, esses custos têm impacto direto na precificação. Vale destacar que à medida que as vendas aumentam, mais produtos devem ser produzidos ou adquiridos de fornecedores, o que requer capital disponível para tal. Tudo deve ser considerado na precificação.
No caso de uma produção própria, a empresa deve considerar a matéria-prima e o valor das horas trabalhadas pelos colaboradores responsáveis por essa função. Quanto maior a escala de produção e maior o quadro de funcionários, maiores os custos para confecção dos produtos. Estes são considerados custos variáveis, assim como as comissões dos vendedores e os impostos a serem pagos pelo empreendedor.
Custos fixos (indiretos)
Todos custos da empresa, que não mudam conforme a escala de produção ou o número de vendas, são considerados custos fixos. Independentemente de as vendas do mês serem altas (ou não), o empreendedor ainda assim terá de pagar o salário dos colaboradores, o contador, o aluguel, bem como as contas de água e luz. No caso da própria produção, também deve ser considerada como custos indiretos a manutenção periódica dos equipamentos.
Além disso, é imprescindível considerar como custos fixos o próprio salário do empreendedor. Muitos pecam nesse aspecto e acabam por confundir o dinheiro pessoal com o dinheiro dos negócios. Daí a extrema importância de o empreendedor estipular um valor “x” a ser retirado mensalmente. Dessa forma, a precificação dos produtos será correta.
Margem de lucro
Para aumentar o preço de um dado produto/serviço e melhorar a lucratividade dos negócios, deve-se aumentar o seu valor agregado. Quando um produto é igual a vários do mercado, geralmente o cliente se propõe a pagar somente um preço médio. Por outro lado, se o produto apresenta um diferencial, o cliente se dispõe a pagar mais para adquiri-lo. E isso contribui significativamente com a margem de lucro da empresa.
Enfim, a precificação correta de produtos/serviços depende dos custos variáveis e custos fixos, bem como da margem de lucro. Além disso, o empreendedor deve agregar valor a seu produto/serviço para praticar um preço justo e competitivo, vantajoso tanto para a empresa como para o cliente.
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Fonte: Aliança Empreendedora
Por Andréa Oliveira
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