O nome dado à análise da inclinação do solo é levantamento planialtimétrico. Essa análise permite que o técnico faça o planejamento dos formatos e disposição dos açudes ou viveiros, de modo a aproveitar a área total disponível ao máximo, explica o professor Dr. Giovanni Resende, do Curso CPT Criação de Peixes - Como Implantar uma Piscicultura.
Quanto mais inclinado for o terreno, maior será o custo da construção, em face da necessidade de maior revolvimento e transporte de terra. Além disso, pode implicar maiores restrições, quanto à largura e "layout" geral (disposição) dos viveiros.
A unidade de inclinação, normalmente, é expressa em porcentagem e equivale ao valor em metros da diferença de nível entre o ponto mais alto e o ponto mais baixo.
Exemplo: 3% de inclinação significa que o terreno tem uma diferença de nível de três metros, em cada 100 metros de distância.
As áreas com 0,1% até 3,0% são ideais para piscicultura. E áreas com mais de 10% de inclinação não são aconselháveis, pelo alto custo da obra, principalmente, tratando-se da modalidade em viveiros.
A maior parte da água disponível é adequada para a criação de peixes. Muitas pessoas acreditam que para criar peixes, em sua propriedade, precisam dispor de muita água.
Isso não é totalmente verdade. Existem sistemas produtivos que, aliados a determinadas tecnologias, permitem obter altas produtividades, mesmo havendo baixas vazões de água.
Pouca atenção tem sido dada ao uso e ao manejo na conservação de solo e água, na maioria das propriedades rurais.
Esse é o primeiro "dever de casa" que o proprietário rural deve fazer, para que haja condições mínimas à execução de projeto agropecuário de qualquer natureza, principalmente aqueles relacionados à aquicultura. Nesse sentido, quem pretende se tornar um piscicultor, antes de qualquer coisa, precisará ser um produtor de água.
A água para a piscicultura pode vir de várias fontes:
• Superficiais (rios, córregos, riachos, regos d’agua etc.).
• Subterrâneas (cisternas, poços).
• Diretamente de nascentes.
• Açudes de reservação.
• Chuva.
O abastecimento também pode ser complementado por bombeamento de água das próprias lagoas de estabilização, após prévio tratamento, ou mesmo pelo lençol freático (poços ou similares). Devido ao alto custo do bombeamento, evite implantar uma piscicultura em locais onde precise bombear toda a água para abastecer as unidades produtivas, caso haja alternativas na mesma propriedade ou região.
Se possível, a primeira lagoa não deve receber as estruturas produtivas, funcionando como uma lagoa de decantação, a qual vai fazer com que a água, que vai abastecer os demais açudes, vá sem sedimentos.
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Por: Thiago de Faria
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