É preciso garantir a preservação do ambiente destinado à produção de vegetais, incluindo tubérculos, frutos ou folhosas, por meio do uso de estufas. Essas estruturas proporcionarão proteção contra pragas e condições climáticas adversas, explica o Prof. Thiago Archangelo Freato, do Curso CPT Produção de Peixes e Hortaliças no Sistema de Aquaponia.
Para alcançar esse objetivo, é necessário considerar:
a) Escolha um local com boa incidência de luz solar para garantir boa produção vegetal, mesmo em dias mais curtos; assim, a estrutura deve ser montada longe de matas e encostas altas. A área destinada a piscicultura pode ser melhor coberta para proteger os peixes da incidência direta do sol. O cultivo dos peixes pode, inclusive, ser realizado em galpão fechado, devendo-se, porém, considerar os custos envolvidos em sua construção.
b) Dê preferência a terrenos planos ou com pequena inclinação; terrenos declivosos podem ser utilizados, desde que sejam construídos terraços do tipo patamar, para facilitar a construção das instalações.
c) Considere também demais características do local, como facilidade de acesso e disponibilidade de energia elétrica e água de qualidade.
d) O modelo mais simples e mais utilizado de estufas é do tipo arco, que proporciona um amplo espaço interno, com bom escoamento das águas das chuvas.
Atualmente, há normas técnicas para construir estufas agrícolas, e existem diferentes tipos adequados para cada cultura a ser produzida nesse ambiente protegido.
Lembrando que, no caso da aquaponia, temos de atender a duas exigências:
• As exigências do peixe.
• E as exigências das plantas.
E qual seria a estufa ideal?
Para as plantas, o ideal é uma estufa com um pé-direito de no mínimo 3 m de altura, proporcionando uma ventilação adequada. Em regiões muito quentes, o recomendado seria de 4 a 5 m.
Para os peixes, a cortina lateral, é imprescindível principalmente no período noturno, quando a temperatura cai. Elas impedem que a temperatura interna reduza de forma brusca a fim de evitar estresse nos peixes. Além disso, possibilita que a temperatura interna se mantenha um pouco acima da temperatura externa, reduzindo a perda de calor da água de cultivo para o meio externo. Essas cortinas laterais devem ser móveis, possibilitando a abertura (recolhidas por manivelas) em dias mais quentes.
Para cobrir e proteger a estufa, o mais recomendado é usar um filme plástico difusor de luz com espessuras de 120 mm ou 150 mm.
Ele vai servir tanto para as plantas que necessitam de uma distribuição uniforme de luz e proteção contra intempéries como para os peixes, pois vai manter o ambiente aquecido no inverno para manter a temperatura da água.
Com a implementação de telas de sombreamento ao redor da estufa, é possível controlar parcialmente a entrada de insetos que atuam como vetores de doenças ou causam danos às folhas e legumes. Para um controle mais eficiente, o ideal é que se utilize telas antiafídeos até uma altura de aproximadamente 2,0 metros, o que evita a entrada da maioria das pragas, como tripes, mosca branca e pulgões. Entretanto, essa tela aumenta bastante a temperatura interna da estufa, exigindo estratégias mais eficientes de redução, para não prejudicar o desenvolvimento das plantas. Também é importante a construção de uma antecâmara e uma vistoria frequente da condição das telas laterais, garantindo a barreira física contra esses insetos.
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Por: Thiago de Faria
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