As colmeias racionais, inventadas pelo homem para domesticar as abelhas, imitam os abrigos naturais e oferecem facilidade para que o apicultor possa controlar a população da colônia e seus produtos. A colmeia racional surgiu porque, com o tempo, os apicultores e estudiosos descobriram que as abelhas adotam um padrão de construção dos favos. Elas constroem células hexagonais de cera, moldadas lado a lado, em série, sempre com as mesmas medidas. Além disso, mantêm entre esses favos um espaço suficiente para o trânsito e trabalho na colmeia, o chamado espaço-abelha, que mede entre seis e nove milímetros.
O apicultor e estudioso norte-americano Lorenzo Langstroth estudou a fundo essa arquitetura apícola e planejou, então, uma colmeia racional, tendo como base o espaço abelha. A colmeia Langstroth é de expansão vertical, dividida em módulos. É composta pelo fundo, que serve de apoio para toda a estrutura; pela caixa ninho, onde as abelhas se instalam e a rainha faz postura; uma ou mais melgueiras, onde o mel será armazenado; e a tampa, que recobre toda a estrutura. Na base, parte frontal, está o alvado, que é a entrada da colmeia.
“A colmeia Langstroth é uma ferramenta importante na produção de própolis, pois ela é a base da criação das abelhas. Também será nela que diversas adaptações poderão ser feitas para que seja possível produzir própolis. Por tudo isso, é fundamental conhecê-la detalhadamente”, afirma Paulo Sérgio Cavalcanti Costa, professor do Curso a Distância CPT Produção e Processamento de Própolis e Cera.
A colmeia Langstroth pode ser comprada em qualquer loja de apicultura, como também ser construída pelo apicultor, a partir de medidas e mostras descritivas. A colmeia deve ser construída seguindo rigorosamente as medidas padronizadas e o espaço-abelha, para permitir o livre tráfego e o trabalho das abelhas dentro da colmeia.
A caixa ninho abriga quadros de madeira e arame, onde são fixadas placas de cera alveolada, nas quais as abelhas constroem facos de postura e de armazenamento de mel. É a maior estrutura entre todos os módulos da colmeia. A melgueira, por sua vez, é menor na altura e os seus quadros são usados para armazenamento de mel. Entretanto, as melgueiras têm sido, cada vez mais, substituídas por caixas ninho. Fazendo isso, o apicultor passa a operar com quadros de apenas uma medida, o que facilita a operação do apiário.
É a tampa que fecha e protege a colmeia das intempéries de roubos. A tampa tem a mesma largura da caixa ninho, mas um comprimento um pouco maior. Nas suas extremidades são colocados sarrafos com pelo menos dois centímetros de altura e largura, de modo que a tampa ultrapasse as dimensões da caixa nas porções dianteira e traseira, propiciando um encaixe perfeito. Os quadros, também chamados de caixilhos, apresentam diferentes medidas (se são da caixa ninho ou da melgueira).
Aprimore seus conhecimentos sobre o assunto. Leia a(s) matéria(s) a seguir:
- De onde vem a própolis e como ela é utilizada pelas abelhas?
- Como descrever a vida nas colmeias?
- Doenças e parasitas em abelhas? Como assim? Existe mesmo isso?
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Por Silvana Teixeira.
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