Os principais objetivos de tosquiar ovelhas concentram-se em garantir o bem-estar e a higiene dos ovinos, além de obter lucros com a comercialização da lã. A tosquia profissional, em uma única ovelha, produz até 4,5 quilos de lã. Dependendo da raça do ovino, a lã produzida se transforma em um fio de excelente padrão de qualidade.
A criação de ovinos lanados é voltada para produção de lã com fins comerciais. Para isso, são realizadas técnicas de tosquia que garantem um melhor aproveitamento da lã sem prejudicar o animal. A tosquia reduz a temperatura corporal da ovelha no verão, além de eliminar resíduos presos à lã. O procedimento também é realizado na região genital do animal, para impedir o acúmulo de urina e fezes.
A tosquia não apenas retira a lã das ovelhas para comercialização, como também garante o conforto animal, principalmente nos períodos mais quentes do ano. Por meio da tosquia, o ovinocultor protege os ovinos do calor excessivo. Isso é muito importante, pois o excesso de lã no corpo dos ovinos impede que a temperatura corporal seja reduzida.
A operação de tosa é uma arte. O tosador deve ser, antes de tudo, um excelente profissional para desenvolver o trabalho de forma adequada. E precisa também estudar muito sobre as diversas raças de cães e gatos, para atingir o padrão de tosa de cada um e satisfazer, ao mesmo tempo, os proprietários dos animais. Como em todas as profissões, o profissional do banho e tosa precisa amar sua profissão, ter prazer em trabalhar com animais, ser paciente, responsável, gentil, enérgico sem ser agressivo, ser sincero e verdadeiro durante esclarecimentos e conversas com os donos dos animais.
Para melhorar a eficiência reprodutiva de um rebanho, é preciso aumentar o percentual de ovelhas gestantes, o número de nascimentos, o número de animais desmamados, e o peso final dos cordeiros no desmame. “Outros fatores também deve ser considerados: prolongar a vida útil das matrizes e explorar ao máximo o potencial dos animais, reduzindo a taxa de reposição, e estabelecer critérios de descarte para que mais animais sejam destinados à produção de carne, e para que se possa estabelecer programas de seleção e até mesmo melhoramento genético do rebanho”
Os manejos durante a gestação, no parto e após o parto são importantes, pois garantem o sucesso da aquisição do produto da ovinocultura, sobretudo de corte, que são novos animais. “As ovelhas gestantes devem ser separadas em lotes para que brigas sejam evitadas e, dentre as gestantes é preciso separar, ainda, aquelas cuja gestação já está em seu terço final para facilitar o monitoramento dos partos” explica Magna Coroa Lima, professora do Curso CPT Ovinocultura - Produção e Principais Doenças.
A criação de ovinos (conhecidos popularmente como cordeiros ou ovelhas) ou ovinocultura se expande pelo Brasil todo. Desde o Rio Grande do Sul, região tradicional dessa atividade, passando pelo Sudeste e pelo Centro-Oeste, chegando até o Nordeste do país. Entre as diversas funções dessa prática, estão a produção de lã, a exploração da pele e a produção de carne dos animais.
De origem francesa, foi introduzida no Brasil, por volta de 1973, e tem tido uma procura bastante intensa, mesmo no Rio Grande do Sul. Tradicional reduto das raças laneiras. Adaptou-se bem às nossas condições, apresentando excelente fertilidade e cordeiros com ótima velocidade de crescimento, sobretudo, quando utilizada como raça pai sobre ovelhas de lã ou mistas?, afirma o professor Edson Ramos de Siqueira, do curso Criação de Ovinos de Corte, elaborado pelo CPT ? Centro de Produções Técnicas.
Para garantir o sucesso da criação de ovinos, a atenção do criador deve ter início com os cuidados práticos adotados desde a gestação das ovelhas até o período de terminação. A gestação da ovelha pode ser dividida em duas fases: a primeira corresponde aos primeiros 100 dias ou os 2/3 iniciais do desenvolvimento do feto, onde as exigências da gestante são moderadas.
Mesmo com tantos profissionais e materiais de alta qualidade no mercado, é fundamental que os donos de animais, ou responsáveis por eles (como cuidadores, banhistas e tosadores) tenham noções de primeiros socorros, para atuarem caso aconteça algo inesperado ao animal de estimação.