Alimentar e manejar corretamente as vacas de leite durante o ciclo da lactação e gestação é de importância capital para o sucesso zootécnico, econômico e financeiro de um rebanho leiteiro. “Não se apresenta como uma simples tarefa de juntar ingredientes formulando um concentrado, acrescentá-lo a forragens conservadas, preparando uma ração completa em um sistema de confinamento ou sua combinação para suplementação de vacas mantidas a pasto”, explica Dr. Luciano Patto Novaes, professor do Curso CPT Manejo da Vaca Gestante no Parto e Pós-Parto.
O primeiro passo, para estabelecer e adotar um manejo nutricional eficaz, é conhecer o potencial genético do rebanho a ser manejado e alimentado, seguido de um planejamento cuidadoso das metas a serem atingidas. O segundo, não menos importante, é produzir forragem (pasto ou conservada) de alta qualidade e em quantidade suficiente para suprir, no mínimo, 60% das exigências nutricionais, na forma da matéria seca total fornecida aos animais; este procedimento é fator de redução no custo da alimentação. O terceiro e último, é buscar informações precisas sobre a tecnologia a adotar, a qualidade nutricional dos alimentos disponíveis e estabelecer dietas que promovam a saúde e produtividade, capazes de propiciar o maior lucro.
Vacas que apresentam problemas pós-parto, geralmente terão taxa de concepção 50% inferior a de vacas com parto normal. Retenção de placenta, febre vitular (febre do leite) e prolapso de útero são diretamente associadas com a alimentação no pré-parto e o teor de alguns minerais na dieta pré-parto. Cetose, laminite, síndrome da vaca gorda e disfunções ovulatórias, particularmente, anestro, estão associadas às disfunções metabólicas e balanço de energia no início da lactação. A metrite está associada a condição de higiene e estresse ao parto. Excessiva perda de condição corporal pós-parto está associada a problemas de balanço de energia e tem influencia negativa sobre a fertilidade.
Maximizar o consumo de MS é essencial para minimizar perda significativa de condição corporal e promover o retorno ao cio em três semanas após o parto. A magnitude e duração do balanço negativo de energia depende em maior proporção do consumo de MS do que da produção de leite. Prevenir o excesso de mobilização de gordura nas quatro primeiras semanas de lactação é de grande importância para o retorno ao cio e subsequente fertilidade. Longo período de balanço negativo de energia pode atrasar o retorno ao cio em 60 a 75 ou mais dias , estendendo o efeito pós-parto e a recuperação uterina. Desta forma, se o consumo de MS proveniente de uma dieta equilibrada é responsável pela produção, mudanças na condição corporal e na reprodução, o seu monitoramento constante torna-se de vital importância para o manejo de vacas no pré-parto, ao parto e no pós-parto. Para manter o consumo adequado de MS, considerar a frequência no fornecimento de alimento, alimentar durante as horas mais frescas do dia, prover adequado espaço de cocho para evitar competição, fornecer água de qualidade em abundância e manter o conforto térmico das vacas.
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Por Silvana Teixeira.
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