"Dona Margarida começou a trabalhar na Fazenda Suzano como apanhadeira de café. Para fazer média com o capataz, logo no primeiro dia, saiu com essa:
– Chefe, o senhor nem imagina o que me contaram a respeito da Zefinha... Nem chegou a terminar a frase e o Seu Lico, o capataz, apartou:
– Espere um pouco, Dona Margarida. O que vai me contar já passou pelas três peneiras?
– Peneiras? Que peneiras, seu Lico?
– A primeira é a da VERDADE. Tem certeza de que o fato é, absolutamente, verdadeiro?
– Não, como posso? O que sei foi o que me contaram, mas acho que ...
– Então, sua história já vazou na primeira peneira.
– Vamos à segunda, que é a da BONDADE. O que vai me contar é alguma coisa que gostaria que os outros dissessem a seu respeito?
– Claro que não! Deus me livre!
– Então, esta história vazou na segunda peneira. Vamos ver a terceira, que é a da NECESSIDADE. A senhora acha mesmo necessário contar-me esse fato, ou mesmo passá-lo adiante?
Não, chefe. Passando por essas três peneiras, vi que não sobrou nada do que eu ia contar.”
Já pensaram como as pessoas seriam mais felizes, se todos usassem sempre essas três peneiras? Da próxima vez que surgir um boato por aí, passem-no nas TRÊS PENEIRAS antes de obedecer ao impulso de passá-lo adiante.
Arlinda Trindade
Este conteúdo pode ser publicado livremente, no todo ou em parte, em qualquer mídia, eletrônica ou impressa, desde que contenha um link remetendo para o site www.cpt.com.br.