Um homem vivia, na beira da estrada, e vendia cachorros-quentes. Não tinha rádio e não lia jornais, mas vendia bons cachorros-quentes. Colocou um cartaz, anunciando sua mercadoria e ficou por ali, gritando quando alguém passava: “Olha o cachorro-quente especial!” E as pessoas compravam.
Com isso, aumentaram os pedidos de pão e salsicha e o homem acabou construindo uma boa mercearia. Mandou, então, buscar o filho, que estudava na universidade, para ajudá-lo a tocar o negócio. O filho veio e disse: “Papai, o senhor não tem ouvido o rádio nem lido os jornais? Há uma crise muito séria e a situação internacional é perigosíssima.”
Diante disso, o pai pensou: “meu filho estudou, na universidade, ouve rádio e lê jornais, portanto, sabe o que está dizendo!” E reduziu seus pedidos de pão e salsicha, tirou o cartaz da estrada e não apregoou mais seus cachorros-quentes.
As vendas caíram, do dia para a noite, e ele concluiu: meu filho, a crise de fato é muito séria.
QUAKER 1958
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