
Estudo da Embrapa afirma que metade do fósforo (P) usado como fertilizante inorgânico continua no solo por décadas. Desde 1960, mais de 45 milhões de toneladas de fósforo foram utilizados na agricultura – destes, mais de 22 milhões de toneladas ainda permanecem no solo. Se continuar nesse ritmo, até 2050, serão mais de 100 milhões de toneladas de fósforo residual em todo território nacional. Portanto, o uso de fósforo na agricultura deve ser reavaliado.
Segundo Vinícius Benites, pesquisador da Embrapa Solos, é indispensável reduzir a proporção de fósforo nas adubações. No Brasil, uma mesma área permite o cultivo de duas ou mais culturas (ao ano) com o manejo embasado no conceito 4C: fonte de fertilizante correta, dose correta, época correta e local correto.
“O aumento da produtividade agrícola deve-se ao uso de técnicas adequadas e aplicações de doses corretas de fertilizantes. É preciso lembrar que a adubação tem como objetivo principal manter ou aumentar a quantidade de nutrientes do solo, para atender às necessidades das plantas”, afirma Júlio César Lima Neves, professor do Curso a Distância CPT Aplicação Econômica de Adubos em Livro+DVD e Online.
O fósforo é um componente essencial às plantas, pois fornece a elas suporte para um desenvolvimento saudável, além de vigor e resistência a doenças. Utilizado intensamente na agricultura, junto ao nitrogênio e ao potássio (adubação com NPK), o fósforo é uma das principais fontes de nutrientes das plantas. Entretanto, em um futuro próximo, ele pode se tornar um elemento cada vez mais escasso, o que pode comprometer a segurança alimentar em nível mundial.
Felizmente, há a possibilidade de utilização do fósforo secundário, existente no esterco animal ou nos restos do beneficiamento da cana. Inclusive, os australianos já o utilizam com ótimos resultados na agricultura. As projeções apontam que o fósforo secundário apresenta potencial para abastecer até 20% da nossa demanda nacional de grãos por volta de 2050. Entretanto, isso requer investimento em tecnologias de recuperação do nutriente.
“Tanto o uso de fertilizantes provenientes do reuso do fósforo (fósforo secundário) como o emprego de novas tecnologias para uso do fósforo presente no solo (acumulado pelo histórico de adubações), mostram-se como excelentes alternativas de recuperação do nutriente, que está se esgotando na natureza”, afirma Luciano Gatiboni, professor da Udesc - Universidade do Estado de Santa Catarina.
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Fonte: canalrural.com.br
Por Andréa Oliveira.
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