
As novas sementes desenvolvidas são resistentes a algumas das principais pragas do feijão. Foto: Portal do Agronegócio.
Um convênio entre a Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig), a Universidade Federal de Viçosa (UFV), a Universidade Federal de Lavras (UFLA) e a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), produziu oito novas cultivares de feijão. Elas são especiais para serem plantadas em Minas Gerais, uma vez que são resistentes às principais pragas da leguminosa no estado.
Segundo o chefe do Centro de Pesquisa da Epamig Zona da Mata, Trazilbo José de Paula, as novas cultivares podem produzir entre 3500kg a 4000kg por hectare, conforme o manejo utilizado. Além de uma produtividade muito superior às variedades comuns, as novas ainda prometem uma maior resistência às pragas. Para o consumidor, a principal vantagem é um rendimento muito maior em relação às outras.
“Essas variedades são cultivadas em áreas com grande incidência de mancha angular, antracnose, fusarium e ferrugem, portanto os testes foram feitos com base nessas doenças. Mas, infelizmente, não foi possível ainda desenvolver uma variedade resistente ao mofo branco, a principal doença do feijão”, afirma o pesquisador.
Trazilbo acrescenta que as sementes precisam ser de qualidade, mas que o manejo também é muito importante na hora de aumentar a produtividade. Ele ainda destaca que muitos produtores usam as sementes da própria produção ou do vizinho, o que não é recomendado. O ideal é comprar as sementes. Outra recomendação é para escolher o período adequado para o plantio. “Muitos produtores plantam nas águas, fazendo a colheita nesta época, o que é ruim para o grão”, explica.
Por: Maria Clara Corsino.
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Comentários

Neilton Ramos de Almeida
28 de dez. de 2012Venho parabenizar primeiros os pesquisadores da EPAMIG, UFV, UFLA, e EMBRAPA, pelas novas variedades de feijão desenvolvidas, e em segundo o governo que precisar sempre apoiar o campo de pesquisa. Isso é importante para o agronegócio mineiro.