
Um conceito de avaliação de terras foi formulado por FAO (1976), onde se descreve que é o processo de avaliação do potencial da terra para objetivos específicos, envolvendo a execução e interpretação de levantamentos e estudos de uso da terra, vegetação, geomorfologia, solos, clima e outros aspectos da terra em ordem para identificar e hierarquizar classes de uso promissoras para o objetivo da avaliação. A este conceito se deu o nome de Zoneamento agroambiental.
Existem vários processos de avaliação de terras. Aqui, seguiremos mais de perto o que se convencionou chamar de sistema FAO/Brasileiro de aptidão agrícola. Esse sistema tem uma estrutura que permite seu ajustamento a novos conhecimentos, inclusive, adaptações regionais, sem perder a sua unidade. Segundo Dr. Eufran Ferreira do Amaral, professor do Curso a Distância CPT Planejamento Estratégico de Propriedades Rurais, em Livro+DVD e Curso Online, “Parte desse ajustamento é dado pela metodologia que sintetiza as qualidades do ecossistema em relação aos cinco parâmetros: nutrientes, água, oxigênio, mecanização e erosão”.
A aplicação desse sistema baseia-se nos seguintes itens:
- Estimativa dos problemas em cada unidade de terra;
- Estimativa da redução destes problemas, conforme o nível de manejo considerado; e
- Confronto das informações obtidas nos dois itens anteriores e, geralmente, expressas na forma de Quadros, com um quadro-guia ou Quadro de conversão para cada grande área climática do Brasil.
Dessa forma, o zoneamento agroambiental deve ser elaborado a partir da definição dos sistemas ambientais, onde são considerados a estrutura, composição e dinâmica e inter-relações de seus componentes, procurando sempre estabelecer a estabilidade e a dinâmica do sistema global.
Mediante a análise e a compreensão dos mecanismos das inter-relações de causas e efeitos dos elementos, ou seja, dos sistemas físicos, bióticos e antrópicos e o enfoque holístico que propõe uma visão globalizante na interseção dos fatores e processos no estabelecimento dos arranjos espaciais na forma de geossistemas (paisagens) que representem uma homogeneidade natural dos fatores.
Para elaborar o zoneamento agroambiental são utilizadas, de maneira integrada, as informações de solos, geomorfologia, hidrologia e, principalmente, uso atual e cobertura vegetal. Dessa forma, são identificadas as diversas zonas e indicado o uso mais adequado para cada uma delas. Por exemplo: áreas indicadas para culturas de ciclo curto, de ciclo longo, pastagens, zonas de preservação, zonas de reflorestamento e outras.
Para cada unidade de solo delineada na propriedade, devem ser analisadas e estimadas as alterações relativas a nutrientes, água, oxigênio, erosão e possibilidade de mecanização, com a utilização de cada área. Assim, pode-se estabelecer a redução desses desvios com manejos adequados.
Aprimore seus conhecimentos sobre o assunto. Leia as matérias abaixo:
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Por Silvana Teixeira.
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