Lucas Bonoto, professor do Curso CPT Como Cuidar e Educar o seu Cão, ressalta que os cães como companheiros estão presentes cada vez mais nos lares. No entanto, ter um cão como animal de estimação significa muito mais que ter um amigo, significa, também, assumir cuidados frequentes para que ele apresente boa saúde.
Nesse contexto, é fundamental estar atento a todas as doenças que podem colocar em risco a saúde desses animais de estimação. Em se tratando de pets, apesar de serem muito comuns, os carrapatos possuem grande potencial para transmitir um número considerável de enfermidades a esses animais.
Dentre essas doenças, destaca-se a Doença de Lyme, que também é conhecida como borreliose. A ameaça que ela representa se torna ainda maior devido ao fato de que ela é uma zoonose, isto é, pode ser transmitida também a humanos. Inclusive, ela foi identificada primeiro no homem e, pouco tempo depois passou a ser identificada, também, nos animais.
O que é a doença de Lyme?
Ela recebe o nome popular de borreliose haja vista a bactéria que é responsável por instaurar a doença: a Borrelia burgdorferi. Os animais doentes apresentam sintomas inespecíficos e apenas parte deles são sintomáticos. Apresenta caráter infeccioso e, além do homem e dos cachorros, também pode ser encontrada em mamíferos selvagens.
Como a doença de lyme é transmitida?
Como mencionado, o carrapato é o principal vetor dessa doença. A transmissão ocorre a partir de um ciclo: um carrapato sadio pica um indivíduo contaminado e, a partir disso, torna-se um hospedeiro da bactéria. Logo, o ciclo se fecha quando ele pica outro indivíduo saudável o transforma em doente. Basta que outro carrapato tenha contato com esse sangue para que se transforme em hospedeiro e repita o ciclo mencionado.
Sinais clínicos da doença
Em cães, a patologia pode se manifestar a partir de:
- Dores;
- Inflamações articulares;
- Prostração (o animal quer ficar o tempo todo deitado);
- Dores musculares graves, o que acarretará manqueira;
- Febre;
- Vômitos;
- Inchaço nos gânglios linfáticos;
- E falta de apetite.
Contudo, prevenir é a melhor opção para evitar que os animais e seus tutores sejam acometidos pela doença, uma vez que o período de incubação pode demorar entre dois a cinco meses após a contaminação. Ainda, é normal que animais enfermos apresentem alguns sintomas e melhorem de forma repentina, voltando a apresentá-los posteriormente.
A evolução da borreliose também é preocupante, pois, caso não sejam tratados ou caso os remédios receitados pelos veterinários não apresentem resposta positiva, os cães podem sofrer paralisia e asfixiar-se, o que causa o óbito deles.
Como diagnosticar e tratar a borreliose?
As consultas regulares ao veterinário são um passo importante para evitar que a doença de lyme assuma a forma aguda. Ainda, ao sinal de qualquer comportamento anormal, o animal precisa ser levado ao veterinário. O diagnóstico da doença é feito a partir de um exame de sangue que apontará a presença da bactéria.
Exames complementares também são requeridos, como a observação das articulações e dos músculos. O isolamento poderá ser necessário e, a partir do estágio em que a doença se encontra, o tratamento deverá ser indicado pelo profissional veterinário. De uma forma geral, antimicrobianos, analgésicos e anti-inflamatórios são prescritos para um tratamento adequado.
Prevenção
Se a doença de lyme é transmitida pelo carrapato, a melhor forma de preveni-la é mantendo os animais longe desses parasitas. Sabe-se que é quase impossível evitar o contato dos cães com outros cães e com a rua, principais fontes de transmissão de carrapatos. Todavia, coleiras anticarrapatos, repelentes em spray ou banhos carrapaticidas são opções viáveis para manter os carrapatos longe do seu animal de estimação.
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Fonte: Canal do PET – canaldopet.ig.com.br
Blog Petz – petz.com.br/blog/
por Renato Rodrigues
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