A avaliação radiográfica torácica está em segundo lugar em quantidade de solicitações de exames, perdendo apenas para a avaliação radiográfica óssea, explica Sâmara Turbay Pires, professora do Curso CPT Ultrassonografia e Radiologia em Pequenos Animais.
O exame radiográfico de tórax é solicitado por ser acessível, por trazer muitas informações que facilitam o diagnóstico do animal e por possuir melhores resultados e custo-benefício.
Este exame é indicado para:
• Animais com suspeita de sinais clínicos relacionados ao tórax.
• Animais com suspeita de alteração no tórax.
• Acompanhar o tratamento do animal.
A principal característica do raio X torácico é que o tórax é um dos únicos lugares do corpo do animal onde se consegue avaliar vasos sanguíneos em uma radiografia simples. Os vasos sanguíneos se contrastam com o pulmão, que é radiotransparente.
A cavidade torácica possui um número limitado de reações a diversas enfermidades. Para comprovação do que está causando determinada lesão no animal, é necessário realizar outros exames (físico, anamnese e complementares).
Pequenas variações na radiopacidade do tórax já indicam sinais de doenças, porém esses sinais não são patognomônicos, logo não devem ser considerados substitutos para qualquer outro tipo de exame.
Anatomia torácica.
O tórax é composto pelos seguintes ossos: costelas e esterno. É composto também pelos pulmões, cavidade pleural/pleuras, mediastino, diafragma e parede/caixa torácica.
a) Lobos pulmonares:
Nos animais, existem diferenças na anatomia dos lobos pulmonares. Dependendo da espécie, a divisão dos lobos será um pouco diferente entre um animal e outro.
Na ventrodorsal e dorsoventral, a divisão é a mesma, porém, dependendo da alteração, o que se consegue observar radiograficamente é diferente.
b) Árvore brônquica:
Na árvore brônquica, tem-se a divisão: traqueia → brônquios principais → bronquíolos → alvéolos pulmonares.
c) Vasos pulmonares:
Esses vasos possuem líquidos e estruturas radiopacas que também precisam ser avaliados. Alterações nessas estruturas podem indicar uma doença preliminar que pode vir a acontecer no pulmão.
d) Linfonodos intratorácicos:
Na região de mediastino, existem os linfonodos. Radiograficamente, em um animal normal, não são vistos. Porém, quando se tem um aumento de radiopacidade em algumas regiões pensa-se em linfonodos.
Na avaliação do tórax, todas as estruturas anteriormente citadas devem ser lembradas.
Estruturas importantes e que devem ser avaliadas durante a avaliação torácica: Hilar (H); (C) Perihilar; (P) Alveolar ou periférica.
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Por: Thiago de Faria
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