Anormalidades de desenvolvimento ósseo que afetam a maxila e mandíbula dos equinos provocam maloclusão permanente devido à falta de uma oclusão ideal funcional. Projeções superiores e inferiores, anormalidades de esqueleto significantes, impedem a justaposição dos dentes e seus antagonistas e, consequentemente, os degastes dentário natural. Ocorre, devido à falta de desgaste, um alongamento (“crescimento”) dental excessivo.
As anormalidades mais discretas podem ser corrigidas por meio de desgaste seletivo das superfícies oclusais. Antes de conceituar as anormalidades craniofaciais, é importante saber identificá-las corretamente. Devemos lembrar que há um movimento normal da articulação temporomandibular (ATM) no sentido caudo-rostral, que varia entre 2 mm a 10 mm de extensão.
“A oclusão de dentes incisivos deve ser sempre examinada com a cabeça em posição neutra, posição semelhante a que o cavalo pratica quando está mastigando”, explica o Prof. Dr. Luiz Fernando Rapp de Oliveira Pimentel, do Curso CPT Odontologia Equina: Diagnóstico e Intervenções em Odontopatias Congênitas e Adquiridas.
Quando a cabeça é levantada, a mandíbula se desloca no sentido caudal e ocorre uma natural projeção superior de incisivos. Ao examinarmos a oclusão de incisivos com a cabeça elevada, podemos gerar um diagnóstico errôneo; cavalos com oclusão normal poderão ser classificados como portadores de maloclusão. Para efeitos de registro, em que algumas raças desclassificam animais portadores de projeções inferiores e superiores, devemos deixar claro que só é considerada maloclusão impeditiva de obtenção de registro aquelas que apresentam total ausência de contato oclusal entre os incisivos superiores e inferiores.
Na literatura veterinária são encontrados termos de classificação das maloclusões de incisivos que têm origem em deformidades craniofaciais. As denominações Braquignatia (encurtamento excessivo da mandíbula ou maxila) e Prognatismo (alongamento excessivo da mandíbula ou maxila) são comumente utilizadas na odontologia veterinária de pequenos animais, em que as anormalidades de crescimento craniofaciais que geram maloclusão são classificadas e definidas por meio do estudo das medidas e linhas de crescimento ósseo.
Em equinos, porém, até o momento não há relatos científicos comprovados que estabeleçam as medidas anatômicas das linhas de crescimento da mandíbula e crânio de equinos. Portanto, quando a maxila é projetada sobre a maxila, fica a pergunta: a maxila é alongada ou a mandíbula é encurtada em relação às medidas craniofaciais?
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- Odontologia equina: distúrbios de oclusão
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Por Silvana Teixeira.
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