O sistema mastigatório dos equinos é extremamente complexo, sendo constituído de ossos, músculos, ligamentos e dentes. Os movimentos são regulados por um intrincado mecanismo de controle neurológico, em que cada movimento é coordenado para maximizar a função, ao mesmo tempo em que minimiza danos a quaisquer das estruturas.
“Um preciso movimento da mandíbula, executado pelos músculos, é necessário para movimentar os dentes entre si, eficientemente, durante a função”, afirma Prof. Dr. Luiz Fernando Rapp de Oliveira Pimentel, do Curso CPT Odontologia Equina a Campo. A mecânica e a fisiologia desses movimentos são as bases para o estímulo da função mastigatória (Pimentel, 2008).
Cada característica da arquitetura dental desenvolveu-se para tornar os equinos capazes de detectar, apreender, mastigar e iniciar a digestão da forragem. A mastigação é baseada na repetição de um movimento cíclico que resulta de contrações rítmicas e controladas de um grupo de músculos associado com a abertura e o fechamento da mandíbula e maxila.
A mastigação
A mastigação envolve as ações da mandíbula, língua e bochechas, e consiste no primeiro ato da digestão. Ela serve não somente para quebrar as partículas de alimento em um tamanho adequado para passar pelo esôfago, mas também para umedecer e lubrificar o alimento, ao misturá-lo com a saliva (Pimentel, 2008).
Os lábios móveis
Os lábios móveis do cavalo juntam a forragem entre os incisivos superiores e inferiores, os quais têm faces oclusais aplainadas que permitem um eficiente corte da pastagem junto ao solo. A articulação temporomandibular (ATM) permite a movimentação lateral da mandíbula (excursão lateral da mandíbula), o que torna pré-molares e molares uma eficiente unidade de mastigação e trituração.
Pela mastigação, os dentes proporcionam condições para ocorrerem os principais fenômenos físico-químicos da digestão, sem os quais não será iniciada uma digestão adequada, como também a digestibilidade dos alimentos sólidos ficará dificultada. A importância desses fenômenos é dar início a um processo digestivo na boca e criar condições para ocorrer os demais processos químicos digestivos subsequentes.
Na boca, ocorre ainda o início dos fenômenos químicos da digestão, principalmente, pela ação enzimática da saliva sobre os carboidratos.
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Por Silvana Teixeira.
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