
Paolo Vivenza, um dos professores do Curso CPT Clínica Médica de Bovinos, destaca que diversas são as enfermidades que acometem um rebanho de bovinos, prejudicando a produção e o bem-estar dos animais, o que torna necessário identificá-las o quanto antes para que sejam tratadas eficientemente.
Um dos principais tipos de doenças que afetam os bovinos são as doenças gástricas. Muitas são de difícil controle, diagnóstico e tratamento, o que as tornam um problema ainda mais preocupante para os bovinocultores. Em casos extremos, podem até levar os animais a óbito, acarretando prejuízos significativos para os criadores.
Nesse contexto, é crucial conhecê-las e entendê-las. Fique atento:
As doenças gástricas
As doenças gástricas na bovinocultura são muito comuns e afetam todo o sistema gastrointestinal dos animais, incluindo órgãos do sistema digestivo e anexos da digestão. Esse tipo de doença pode ser inflamatório ou não e, de acordo com as características, também podem ser duráveis, intensas e até letais.
Ocorrem devido a diversos motivos, a exemplo da intoxicação por ureia ou por plantas tóxicas, do uso de alimentos inadequados, do manejo nutricional incorreto, de situações estressantes, da ingestão de objetos metálicos e pontiagudos e, também, de diversos fatores predisponentes.
Doenças gástricas mais comuns
- Timpanismo ruminal
Caracterizado por uma forte distensão do rúmen e do retículo, que são compartimentos do estômago dos bovinos, o timpanismo rural ocorre devido ao acúmulo excessivo de gases provenientes da fermentação ruminal e à incapacidade do animal em expulsar esses gases de forma natural. Os efeitos são a dificuldade respiratória e circulatória do animal, que, consequentemente pode causar asfixia e a morte do bovino.
- Deslocamento do abomaso
O próprio nome indica que a doença ocorre quando há movimentação do abomaso para o assoalho abdominal, um problema frequente em bovinos. Como consequência desse deslocamento, o animal diminui o apetite, passa a ficar apático, se desidrata e apresenta diarreia. Todos esses sinais clínicos contribuem para a redução na produtividade do animal e para a diminuição dos lucros do pecuarista.
- Acidose láctica
Essa doença é caracterizada pela ingestão de grande quantidade de carboidratos solúveis, o que pode ser resultado de um manejo alimentar incorreto. Com isso, o rúmen fica sobrecarregado com a produção de ácido láctico e destrói bactérias e protozoários que fazem parte da sua microbiota. Além de anorexia, os bovinos doentes apresentam também diarreia aquosa e fétida, distensão abdominal e desidratação, dentre outros sintomas.
- Alcalose ruminal
A alcalose é resultado da ingestão de alimentos sem qualidade, isto é, que podem estar mofados, podres ou poluídos, o que desencadeia um acúmulo de espuma no rúmen. O animal doente tem a digestão diminuída, se desidrata, fica mais agressivo, apresenta dor abdominal e fraqueza e vários outros sinais clínicos.
Diagnóstico
Para realizar um diagnóstico preciso de qualquer doença gástrica, é necessária a avaliação de um veterinário para que uma anamnese completa seja realizada. Vários sintomas são comuns também a outras doenças e, por conta disso, o pecuarista nunca deve medicar o animal por conta própria.
Além dos exames físicos, os laboratoriais também podem se configurar como determinantes, haja vista que, por exemplo, caso haja suspeita de timpanismo, o líquido ruminal precisará ser examinado, bem como outros procedimentos para verificar o organismo dos bovinos. De acordo com a doença, será feita a indicação para a realização de algum procedimento cirúrgico ou será iniciado o melhor tratamento.
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Fonte: Blog do Mundo Veterinário – shopveterinario.com.br/blog/
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Rural Pecuária – ruralpecuaria.com.br
por Renato Rodrigues
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