O tratamento de fraturas mandibulares em animais, especialmente em cães e gatos, requer cuidados específicos devido à complexidade da região e à necessidade de preservar as estruturas vitais da mandíbula. A abordagem terapêutica deve considerar não apenas a correção anatômica da fratura, mas também a preservação das inervações e vascularizações locais. Além disso, cada caso deve ser tratado de forma individualizada, levando em conta as causas da fratura e possíveis complicações.
Para o processo de tratamento de lesões mandibulares, o cuidado deve estar nas inervações e vascularizações, tanto da mandíbula caudal quanto do forame mentoniano, explica o Prof. M.e Fernando Tadeu Tavares Fernandez, do Curso CPT Odontologia de Cães e Gatos.
Vale ressaltar que na fratura mandibular os animais devem ser tratados de forma independente, estudando-se caso a caso e recorrendo a manejos adequados para cada situação.
As fraturas mandibulares são muito comuns em cães e gatos. Porém, nos felinos a incidência é maior.
As lesões em mandíbulas de cães estão associadas a atropelamentos, quedas, agressões, brigas com outros animais, entre outros.
Traumas (maior parte): doenças como as periodontais em grande evolução, com perda óssea e gengival intensa e exposição de furca.
Falhas de condutas médicas: uso excessivo da força em reduções de fraturas, extrações ou limpezas dentárias, levando a lesões mandibulares.
Manejo e objetivo da osteossíntese mandibular.
Pontos importantes para realização da osteossíntese:
No tratamento de fraturas em mandíbulas, deve-se realizar a osteossíntese de forma anatômica, mantendo a integridade estrutural da mandíbula do animal.
A oclusão pós-cirúrgica deve ser realizada de forma adequada, preservando a anatomia e estrutura biomecânica da mandíbula.
Nas lesões mandibulares, a tendência é que a parte mais rostral da mandíbula se desloque para a parte mais ventral. Sendo assim, deve haver a neutralização das forças e mobilidade da fratura.
A redução da fratura tem que possibilitar um retorno da função mandibular em um prazo o mais curto possível para que se reestruture a região anatômica e toda a estrutura biomecânica local.
Ao corrigir uma fratura mandibular, deve-se tomar cuidado com as vascularizações e inervações, evitando possíveis lesões iatrogênicas que possam causar reabsorção óssea e perda da vitalidade da polpa dentária e do próprio dente.
O acesso cirúrgico da região mandibular vai até a porção caudal do corpo da mandíbula, deixando o ramo da mandíbula do lado de fora.
Na porção mais caudal do osso mandibular, tem-se o músculo digástrico que será o limite de incisão.
A incisão deve ter a abordagem na linha central do corpo da mandíbula, onde, posteriormente, serão feitas as correções cirúrgicas nos dois lados. O tecido (região de pele, subcutâneo) precisa ser divulsionado até chegar ao osso mandibular, tomando cuidado para não lesionar nenhuma estrutura importante da musculatura da pele.
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Por: Thiago de Faria
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