
Kelly Cristine de Sousa Pontes, professora do Curso CPT Cirurgia de Cães e Gatos, destaca que a cirurgia em animais domésticos apresenta técnicas e mecanismos peculiares para que o veterinário alcance o sucesso em sua realização. Cada procedimento requer detalhes que fazem a diferença na recuperação dos pacientes, bem como nos resultados alcançados.
Os procedimentos cirúrgicos são muito comuns na rotina de um consultório veterinário, haja vista que podem ser a única cura para algumas doenças e fundamentais para o tratamento de urgências e emergências. Contudo, mesmo que eles precisem ser realizados de prontidão, é essencial que os animais passem por uma preparação que os ajudará a suportá-los.
Todo o passo a passo das etapas de preparação, execução da cirurgia e pós-operatório deve ser acompanhado por médicos veterinários, que, em alguns casos, podem orientar os tutores na realização de alguns processos. Confira:
Exame prévio
A importância do exame prévio se justifica pelo fato de que é imprescindível estabelecer o melhor “roteiro” rumo ao êxito do procedimento, especialmente em relação à anestesia. Nesse exame, constata-se o estado de saúde do animal e se estabelece um perfil analítico pré-anestésico a depender das características dele. Os aspectos avaliados nessa etapa são:
- A temperatura corporal do animal;
- O estado de hidratação;
- O estado das mucosas;
- O estado do coração e do pulmão;
- A análise do sangue e da urina;
- E o peso do pet.
De posse de todas essas informações, o médico veterinário é capaz de avaliar caminhos e determinar os detalhes que dizem respeito à cirurgia do animal. De acordo com o estado em que o animal se encontra, outros exames podem ser solicitados.
Vale ressaltar que em casos de urgência e emergência, a revisão antes da cirurgia é realizada imediatamente, sobretudo quando a vida do animal está dependendo da operação. Ela também permitirá ao veterinário considerar a hipótese de adiamento do procedimento cirúrgico.
A cirurgia
Ainda em conformidade a tudo o que foi “investigado” antes da cirurgia, no momento que antecede a sua execução, é normal que o veterinário solicite ao tutor que mantenha o animal em jejum por determinado período, o que evita o refluxo do conteúdo estomacal e a aspiração dele pelo sistema respiratório. Caso seja necessário outro tipo de preparo, esse profissional também o repassará ao tutor.
Na realização da cirurgia efetiva, três pontos principais devem ser entendidos: o pet receberá uma anestesia geral e permanecerá dormindo e insensibilizado, isto é, não sentirá dores; um tubo será inserido no animal com o intuito de auxiliar a sua respiração; e o ritmo cardíaco será monitorado o tempo todo.
O pós-operatório
Assim como a preparação é fundamental para garantir que os animais estejam prontos para o procedimento cirúrgico, o pós-operatório tem a finalidade de assegurar uma recuperação adequada e total, evitando complicações que podem colocar em risco a vida dos cães e gatos operados.
Logo após esse processo e durante os primeiros dias seguintes à cirurgia, a água e a comida devem ser oferecidas moderadamente, em pequenas porções. Em casos específicos, dietas são prescritas e têm que ser seguidas para garantir o reestabelecimento do animal. Atividades físicas devem ser controladas em um prazo mínimo de 10 dias.
Por fim, é muito comum que se determine a necessidade de utilização do colar elisabetano – aquele acessório semelhante a um abajur – com o objetivo de evitar que os animais lambam ou mordam o local onde foram operados, o que pode causar infecções e sangramentos.
Ao apresentarem qualquer comportamento que fuja à normalidade do que foi explicado pelo veterinário, como vômitos, sangramentos, inchaços ou machucados, isso deve ser imediatamente comunicado ao profissional responsável pelo procedimento. Nunca é demais dizer que todas as recomendações devem ser seguidas se você deseja preservar a vida do seu cão ou gato.
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Fonte: Canal do PET – canaldopet.ig.com.br
por Renato Rodrigues
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