Um aspecto muito importante a considerar no fornecimento da dieta é o fato de os equinos possuírem um estômago relativamente pequeno, característica fisiológica inerente à espécie. O excesso de alimentos tende a causar distensão do estômago. “Por isso, o alimento deve ser fornecido o mais fracionado possível (volumoso e concentrado), evitando a ocorrência de cólicas e outros transtornos”, afirma Fabiana Garcia Christovão, professora do Curso CPT Inseminação Artificial em Equinos.
No balanceamento da dieta, será levado em conta que os requerimentos energéticos dos equinos variam de acordo com o porte da raça, o tipo de atividade desempenhada, se está em fase de reprodução, se o animal está em lactação e, no caso de potros, qual a velocidade de crescimento.
É essencial que os equinos possam consumir quantidades suficientes de alimentos fibrosos, na forma de forragem de boa qualidade, para que sejam minimizadas as disfunções digestivas, geralmente, causadas por alimentação que contém maior proporção de concentrados. Por isso, os equinos devem ser alimentados considerando uma proporção de forragem de pelo menos 1% do seu peso vivo/dia, na base da matéria seca.
Outro fator importante diz respeito ao processo de digestão. As fibras alimentares ingeridas são digeridas no intestino grosso, que é constituído por duas estruturas, o ceco e o cólon, que contêm grandes quantidades de microrganismos, como bactérias e protozoários. Essa flora intestinal, entretanto, é muito susceptível às alterações na dieta. Por isso, as alterações nunca devem ser promovidas de maneira brusca, pois dificultam a adaptação dos microrganismos, causando redução significativa da flora intestinal. Portanto, nas mudanças da dieta, será essencial proceder de forma gradativa, promovendo-se um período de adaptação de pelo menos cinco dias, sendo que o ideal é que essa mudança gradual da dieta seja feita ao longo de dez dias.
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Por Silvana Teixeira.
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