Ele é, provavelmente, a maior distribuição Linux não comercial, tanto em volume de desenvolvedores quanto em número de usuários, diretos e indiretos. Foi lançado em 1993, mas a primeira versão foi finalizada apenas em 1996. A demora se deu devido ao tempo necessário para desenvolver as ferramentas de gerenciamento de pacotes, as ferramentas de atualização do sistema e de manutenção dos repositórios e toda a metodologia de desenvolvimento ainda hoje aperfeiçoada.
O Debian utiliza um sistema de desenvolvimento contínuo, em que são desenvolvidas simultaneamente três versões, chamadas de Stable (estável), Testing (teste) e Unstable (instável). A versão estável é o release oficial, que tem suporte e atualizações de segurança frequentes, explica o Prof. Guilherme Barcellos Gjorup, do Curso CPT Instalação e Configuração do Linux.
A versão Unstable (instável) do Debian é a mais peculiar. Ela é uma eterna versão de testes, que nunca é finalizada. Ela serve como campo de testes para novos programas e novas versões dos pacotes já existentes, permitindo que os problemas sejam detectados e corrigidos. Nessa versão, não existe garantia de estabilidade. Um programa que hoje funciona perfeitamente pode deixar de funcionar amanhã e ser novamente corrigido na versão seguinte. Um erro em algum dos pacotes base pode fazer com que o sistema deixe de inicializar depois de atualizado e assim por diante.
Por isso, o usuário final nunca deve utilizar essa versão e deve ficar atento quando selecionar a versão a ser instalada.
Por outro lado, as versões estáveis do Debian são muito confiáveis porque ficam congeladas, recebendo apenas atualizações de segurança e correções de bugs. O único problema da versão estável é que, devido ao longo intervalo entre os lançamentos de suas versões, os pacotes podem ficar defasados em relação a outras distribuições, que utilizam um ciclo de releases mais curto. Para amenizar o inconveniente, existe a opção de usar o Testing, que é uma prévia da próxima versão estável.
O Debian apresenta menos recursos em termos de ferramentas de configuração e por isso é mais popular em servidores do que em desktops, quando comparado ao Ubuntu. No entanto, por oferecer um repositório de pacotes muito grande e completo, ele também é adequado para desktops e notebooks pessoais.
O Linux evolui muito rapidamente, e os principais distribuidores tendem a lançar versões novas a cada três ou quatro meses, ou, pelo menos, semestralmente. Como, em geral, você pode obter o software gratuitamente ou a custo baixíssimo, não faz sentido optar pela versão antiga.
Para evitar esse problema, o mais recomendável é baixar a versão pela internet, lembrando de baixar a versão estável, em hipótese nenhuma, a versão Testing, que é direcionada somente para os testadores e desenvolvedores do sistema.
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Por: Thiago de Faria
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