Refinado e delicioso, o chocolate é considerado uma iguaria dos deuses. O Brasil é o quarto maior mercado consumidor do mundo.
Consumido há 1500 a.C., a partir de grãos torrados de cacau, acrescido de especiarias e mel, o xocoatl era conhecido como a bebida dos deuses. Essa era servida em taças de ouro durante banquetes e consumida pelos sacerdotes em rituais religiosos, tanto pelos astecas quanto pelos maias.
Séculos depois, o chocolate, mais atual, assume os mais variados sabores, formas e significados. Refinado e delicioso, ainda é considerado uma iguaria dos deuses. E graças à sabedoria do homem, além de irresistível, há aqueles que dizem e comprovam que o mesmo tem grande valor nutricional, sendo, portanto, um elemento importante em nossa dieta.
Mercado
De acordo com pesquisas da Associação Brasileira da Indústria do Chocolate, Cacau, Amendoim, Balas e Derivados (Abicab), o Brasil é, atualmente, o quarto maior mercado consumidor do mundo, perdendo apenas para Estados Unidos, Alemanha e Reino Unido. Apesar do consumo de 2 Kg de chocolate por habitante/ano, muito abaixo dos quase 10Kg por habitante/ano dos respectivos países, ainda tem grande oportunidade de crescimento.
Para esse ano, segundo a Abicab, serão produzidos cerca de 400 mil toneladas de chocolate. Apesar do alto nível de produtos industrializados, uma linha de grande potencial é a de produtos artesanais, bastante consumidos. Esses apresentam-se com embalagens sofisticadas que vêm atender a um público de maior poder aquisitivo, a encomendas feitas por lojas, festas e comemorações, e a determinada data do ano, como o dia dos namorados e a páscoa, que estão a caminho.
A grande diversificação dos produtos, tamanhos, sabores e formas de apresentação diferentes atraem cada vez mais os consumidores. A qualidade, as condições de higiene e a criatividade no preparo sempre serão requisitos essenciais para conquistar a clientela, que está cada vez mais exigente. Esses são temperos imprescindíveis para transformar o chocolate em em uma receita de sucesso.
Cobertura e recheio
As coberturas e recheios são muito utilizados para o preparo de diversas receitas. As primeiras são obtidas a partir de dois tipos de chocolate. O nobre, contêm alta taxa de manteiga de cacau em sua composição, o genuíno chocolate. O hidrogenado não possui manteiga de cacau, que é substituída por manteiga hidrogenada, leite em pó, açúcar e licor de cacau. Já o recheio vai ao gosto do freguês. Eles podem ser de brigadeiro, beijinho, doce de leite, fondant, frutas, castanhas, entre outros.
Como fazer chocolate
A produção artesanal engloba o processo de picar, derreter e temperar a cobertura do chocolate, o que determina a qualidade do produto.
A produção artesanal inicia-se com o processo de picar, derreter e temperar a cobertura do chocolate (ou pré-cristalização). Ao picar, deve ser utilizada uma faca para obter pedaços pequenos. Nunca o use ralado, pois a umidade das mãos irá derretê-lo, causando desperdício. A fase de derretimento pode ser feita em banho maria ou em uma derretedeira elétrica, até se obter uma massa homogênea. O processo de temperagem nada mais é que o derretimento e resfriamento do chocolate antes de utilizá-lo. O resfriamento é realizado de forma lenta e gradual e garante rápida secagem do produto, brilho da superfície, maciez da consistência e maior durabilidade; portanto, favorece a boa qualidade.
Bombom recheado
Tipicamente, o bombom é constituído por massa de chocolate ou por um núcleo formado de recheios diversos. Elaborados com frutas, sementes oleaginosas, açúcar, leite, manteiga, cacau e licores, recobertos por uma camada de chocolate ou glacê de açúcar, são embalados individualmente e têm formato ovalado. Mas isso não é regra, existem bombons dos mais diversos sabores, apresentações e formatos. Usando criatividade e bom gosto, eles são apreciados e consumidos por todos, a qualquer hora.
Praliné
O praliné é um doce francês, inventado pelos cozinheiros do duque Plessis-Pralin, em 1671. Inicialmente, era composto por amêndoas revestidas com uma crosta de açúcar. Mais tarde, esse foi acrescido com um banho de chocolate fino. E para criar as escalas de sabores que se conhece atualmente, foram elaborados vários aromatizantes associados a outros ingredientes, como castanha de caju, frutas secas, nozes e avelãs.
Por: Patricia Tristão
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