A alimentação dos cavalos deve ser feita com volumosos, concentrados proteicos, alimentos energéticos, vitaminas e minerais, além da água. “Chama-se forragem toda a alimentação diária que é dada a cada animal e Ração a quantidade fracionada de forragem distribuída de cada vez, durante a jornada”, afirma Orlando Marcelo Vendramini, professor do Curso a Distância CPT Alimentação de Cavalos. Já forrageiras são os alimentos incluindo talo e folhas das plantas como (Aveia, Cana, Milho, Sorgo, Centeio, etc.) também classificadas como gramíneas.
O feno é a forma desidratada do capim. É o capim com apenas 10-20% de água. Deve ser feito de capim de qualidade e fenado no ponto certo, nem muito seco, nem muito úmido. Os fenos e as palhas constituem um grupo de alimentos volumosos com alto teor de fibra (20 a 40%), sendo que os fenos têm menos fibra que as palhas, e estas nenhum valor nutritivo.
Nas forrageiras, conhecidas como leguminosas, encontramos a Alfafa, o Guandu, o Kudzú, a Mucuna, a Soja e o Trevo, entre outras. Nas forrageiras conhecidas como gramíneas, podemos encontrar principalmente capins e gramas. Entre os capins utilizados, encontramos: Elefante, Colonião, Gordura, Jaraguá, Quicuio, Rhodes, o Marmelada, Sempre-Verde, Angola, Pangola, Coast-Cross, etc.
As espécies de forrageiras mais adequadas são: Rhodes, Coast-cross, Pensacola, Tifton, Florakirk, Transvala, Jiggs, etc. A escolha da espécie forrageira deve levar em conta os fatores limitantes, descritos acima e na Tabela I. Aconselha-se a diversificação das espécies, para minimizar os prejuízos de um possível ataque de pragas e principalmente pelo equilíbrio dos nutrientes. Alguns nutrientes podem ser escassos numa espécie, podendo ser complementados por outras.
Entre as gramas, encontramos: Batatais, Castela, Seda, Estrela e outras. Dentre as forrageiras, encontramos, ainda: as beterrabas, as maçãs, cenouras etc. – as beterrabas são muito apreciadas pelo cavalo. É preciso, entretanto, que elas estejam bem limpas, quer dizer, lavadas e sem terra. Caso contrário, podem predispor o animal a cólicas por acúmulo de terra ou areia no estômago.
As cenouras também são muito palatáveis e, assim, estimulam o apetite do cavalo. O consumo de grande quantidade de cenoura age como laxativo. Como as batatas e beterrabas, as cenouras são ricas em carboidratos facilmente digestíveis e pobres em proteínas. Elas devem ser dadas cortadas longitudinalmente e não transversalmente para evitar obstrução do esôfago.
As maçãs são também apreciadas pelo teor em açúcar. Com elas, devemos ter o cuidado de cortá-las em fatias e nunca administrar maçãs pequenas, que o animal possa engolir inteira e consequentemente, ter uma obstrução no esôfago. Um outro cuidado é com as maçãs verdes, e stas
não deverão fazer parte do cardápio dos equinos, pois possuem uma toxina (a solanina).
A cana de açúcar, segundo pesquisa de Garcia (1995), pode substituir com eficiência até 50% - máximo estudado - o volumoso capim elefante – (Pennisetum purpureum schum) sem prejuízo do crescimento de potros. A substituição gradativa pela cana não provocou manifestação de cólicas.
Aprimore seus conhecimentos sobre o assunto. Leia a(s) matéria(s) a seguir:
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Por Silvana Teixeira.
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