“Montar criação de peixes pode render ótimos lucros ao produtor rural. Entretanto, não basta planejar a parte estrutural e contratar funcionários bem capacitados, é fundamental escolher as melhores espécies de peixes, entender sobre as formas de cultivo, saber as diferenças entre tanques e viveiros, bem como buscar informações sobre a topografia do terreno”, enfatiza Giovanni Resende, zootécnico e professor do Curso CPT Criação de Peixes - Como Implantar uma Piscicultura.
1. Escolha das espécies
Preferencialmente, o piscicultor deve cultivar peixes com maior demanda no mercado. O investimento na estrutura, as técnicas de cultivo e o manejo alimentar não são os mesmos para todas as espécies. Por isso, é importante avaliar bem qual espécie criar, se apresenta potencial de produtividade e rentabilidade. De todos os peixes cultivados no Brasil, a tilápia merece destaque com grande aceitação no mercado nacional e internacional. Em seguida, temos o tambaqui, o pacu e a merluza.
2. Formas de cultivo
Outro fator de suma importância refere-se à forma de cultivo pretendida. No cultivo extensivo, os peixes são criados em represas e lagoas sem controle de predadores. Já no cultivo intensivo o número de peixes por tanque é maior, o que aumenta os custos com a alimentação. Vale lembrar que ainda há a opção de monocultivo, criação de uma única espécie de peixe; e policultivo, criação de várias espécies de peixe, com o cuidado de não colocar carnívoros com onívoros.
3. Topografia, solo e água
A recomendação é que a topografia do terreno seja plana, para reduzir os custos com terraplanagem e mão de obra. Outra determinação é quanto ao tipo de solo, que pode ser argiloso ou arenoso para a construção do reservatório de peixes. Assim que terminada a instalação, não podem haver infiltrações nem vazamentos. A propriedade deve contar com água de qualidade e em grande quantidade. Normalmente, a profundidade do tanque chega a 1,5 metro por hectare de área.
4. Tanques x viveiros
Tanto tanques como viveiros devem apresentar sistemas de drenagem e abastecimento de água bem eficientes. Caso contrário, podem inviabilizar o criatório. No Brasil, os viveiros de derivação são bastante comuns na piscicultura. Eles são construídos em terreno com declives transversais formando canais. Dentre suas principais vantagens, temos o fácil manejo dos peixes, além do melhor controle de entrada e saída de água. Entretanto, antes de montar a criação de peixes, o piscicultor deve realizar um bom planejamento, assim como para qualquer criatório.
Outro tipo de reservatório para criação de peixes são os viveiros de barragem, construídos em diques que captam água. Embora os custos de instalação sejam significativamente menores, os riscos de rompimento da barragem são altos, além da dificuldade de manejo e controle do volume de água. Em contrapartida, temos os tanques de alvenaria, eficientes contra infiltrações e vazamentos. Entretanto, os custos de instalação são elevados e a produção de microrganismos (indispensáveis à dieta dos peixes) inviável.
Quer saber mais sobre o curso? Dê play no vídeo abaixo:
Conheça os Cursos CPT da Área Piscicultura.
Por Andréa Oliveira.
Fonte: novonegocio.com.br
Leia o artigo "Nutrição de peixes - características dos alimentos."
Basta preencher os campos abaixo para receber o material por e-mail:
Este conteúdo pode ser publicado livremente, no todo ou em parte, em qualquer mídia, eletrônica ou impressa, desde que contenha um link remetendo para o site www.cpt.com.br.
Cursos Relacionados
Deixe seu comentário
Informamos que a resposta será publicada o mais breve possível, assim que passar pela moderação.
Obrigado pela sua participação.