O alimento fornecido aos peixes pode ser natural ou artificial. Os alimentos naturais são aqueles produzidos no viveiro e que são consumidos pelos peixes, como fitoplâncton - algas, zooplâncton - microrganismos animais e matéria orgânica morta. Já os alimentos artificiais são as rações balanceadas para peixes ou similares, extrusadas, peletizadas ou em pó e todos os subprodutos agropecuários locais que o piscicultor possa oferecer aos peixes, a exemplo de raízes, grãos e farelos, verduras, legumes e frutas.
Há algumas décadas, ao estimular a criação de peixes em nosso país, foi preconizada a ideia de seu consórcio com outras espécies animais, principalmente com suínos. Entretanto, tal prática resulta em baixa produtividade por unidade de área, além de comprometer a qualidade da água dos tanques dos peixes. Atualmente, um grande número de piscigranjas emprega rações completas e, como consequência, tem obtido bons resultados zootécnicos.
A produtividade em piscicultura depende principalmente da qualidade dos ingredientes que compõem a ração e da eficiência de seu processamento. A garantia de obtenção de ótima resposta produtiva e máximo crescimento dos peixes depende do atendimento das necessidades proteico-energéticas e demais nutrientes essenciais.
Para tanto, é necessário considerar os aspectos qualitativos e quantitativos da alimentação dos peixes. Qualquer desvio da composição ideal modificará a necessidade quantitativa. A certeza de que os peixes estão recebendo a fração correspondente à sua exigência garante a obtenção de ótima conversão alimentar.
Sabe-se que a eficiência de aproveitamento da ração para peixes para o máximo crescimento depende principalmente de sua composição. Quando a ração apresenta-se deficiente em qualquer nutriente essencial para o crescimento, como aminoácido, vitamina ou mineral, será necessária maior quantidade de alimento para satisfazer essa exigência, tendo como consequência menor eficiência alimentar.
Esse objetivo é mais facilmente obtido com o uso de produtos de origem animal, que proporcionam níveis mais adequados dessas frações limitantes essenciais. O uso de ingredientes alternativos, que suprem aqueles de fontes mais onerosas, pode reduzir sensivelmente o custo final da ração para peixes.
Existe uma preocupação, dentro do contexto da piscicultura moderna, em relação aos sistemas intensivos de produção: a sustentabilidade e o impacto ambiental ou poluição causada por eles. Nesses sistemas, a densidade de peixes por volume de água é muito alta, exigindo o uso de rações completas, de alta densidade nutricional e com ingredientes de alta digestibilidade e palatabilidade para se produzir o mínimo de resíduos provenientes do desperdício de ração e da excreção elevada de fósforo e nitrogênio.
No aspecto econômico, devido ao alto custo da alimentação, existe uma pressão considerável para a redução dos excessos nas formulações, principalmente dos nutrientes de preço mais elevado. O desenvolvimento de rações de alto valor nutricional e ambientalmente corretas, que garantam a economicidade das criações, depende do aprofundamento dos conhecimentos sobre as espécies produzidas, principalmente em relação ao manejo alimentar dos peixes e exigências nutricionais.
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Por Andréa Oliveira.
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Comentários
Iago de Souza Fernandes
3 de dez. de 2021Porque só é incado utilizar o calcário dolomítico e calcítico e não o magnesiano?
Resposta do Portal Cursos CPT
14 de jan. de 2022Oi, Iago! Tudo bem?
Agradecemos sua visita em nosso site! :)
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Abraço!
Lorena