A contação de histórias na escola requer muito cuidado por parte do professor de literatura infantil. Este, ao escolher livros para atividades com as crianças, deve se lembrar de evitar títulos que contenham ideias preconceituosas e que tenham problemas de redação, buscando também material com ilustrações de boa qualidade. No entanto, não é apenas isso, o professor se defronta com inúmeros problemas reais, como a falta de interesse dos alunos pela literatura, ou ainda a falta de incentivo dos pais.
“O que fazer com o texto literário em sala de aula funda-se, ou devia fundar-se, em uma concepção de literatura muitas vezes deixada de lado em discussões pedagógicas. Estas, de modo geral, afastam os problemas teóricos como irrelevantes ou elitistas diante da situação precária que espera o professor de literatura em uma sala de aula”, afirma a professora Maria Oliveira Cortes, do Curso Educação Infantil - Literatura Infantil e Contação de Histórias, elaborado pelo CPT – Centro de Produções Técnicas.
A precariedade de tal situação costuma ser resumida nos clichês e preconceitos que afloram, quando vêm à tona temas que relacionam jovem, leitura, professor, escola, literatura e similares, como sugerem as falas abaixo:
"(...) outros alunos, por não terem hábito ou gosto pela leitura, infelizmente, a maioria, só leem se obrigados. Outros ainda, a minoria, não leem nem obrigados (...)";
"(...) muitos não leem com a desculpa de que não têm tempo, sendo que para assistir à TV sempre dispõem de tempo (...)";
"(...) o nosso estudante só faz determinada atividade se exigida e bem estimulada. Do contrário, entregam-se à preguiça de ler. Mesmo porque eles acham cansativo ter de ficar parados a ler, muitas vezes, histórias que não estejam agradando (...)";
"(...) Só a leitura e o incentivo pelos bons autores poderá melhorar a redação dos alunos, cada vez mais pobre e restrita pela TV (...)".
Os textos acima poderiam ser assinados por mestres do Oiapoque ao Chuí. O que surge nas linhas e entrelinhas dos quatro depoimentos é um professor que se crê investido da função sagrada de guardião do templo: lá dentro, o texto literário, cá fora, os alunos. Na porta, ele, o mestre, sem saber se entra ou se sai.
O problema é que os rituais de iniciação propostos a quem está começando não parecem agradar: o texto literário, objeto de zelo e do culto, razão de ser do templo, é objeto de um, nem sempre discreto, mas sempre incômodo, enfado dos fiéis – infidelíssimos, aliás - que não pediram para ali estar.
Aprimore seus conhecimentos, acessando os Cursos CPT, da área Educação Infantil.
Por Andréa Oliveira.
Acesse os links abaixo e conheça mais sobre contação de histórias na educação infantil:
Duração, tipos de conto e convidados
Este conteúdo pode ser publicado livremente, no todo ou em parte, em qualquer mídia, eletrônica ou impressa, desde que contenha um link remetendo para o site www.cpt.com.br.
Cursos Relacionados
Deixe seu comentário
Informamos que a resposta será publicada o mais breve possível, assim que passar pela moderação.
Obrigado pela sua participação.
Comentários
cleide Almeidaev
3 de jan. de 2015Sou deficiente visual e quero estudar com vocês.
Resposta do Portal Cursos CPT
21 de jan. de 2015Olá, Cleide!
Agradecemos sua visita e comentário em nosso site. Para mais informações nossas consultoras entrarão em contato.
Atenciosamente,
Ana Carolina dos Santos