A piscicultura é o cultivo de peixes, feito em instalações naturais ou artificiais, com alimentação e manejo adequados para aumentar a produção, explica o Profº Giovanni Resende do Curso CPT Nutrição e Alimentação de Peixes.
Vários fatores determinam o sistema de produção em uma piscicultura, como a espécie escolhida, temperatura da região e qualidade da água. A escolha deve ser feita após análise detalhada para garantir eficiência, podendo variar de simples a altamente tecnificado.
Atualmente, a água é um recurso valioso e ambientalmente importante, tanto em países desenvolvidos quanto em desenvolvimento. Por isso, é essencial considerar os impactos ambientais dos resíduos da aquicultura.
Classificação dos sistemas de produção de peixe.
A classificação dos sistemas de produção de peixes está baseada em critérios como a forma de utilização da água e a produtividade alcançada. Os sistemas de cultivo de peixes representam um conjunto de características ou processos utilizados por piscicultores.
De forma simplificada, podemos classificar os sistemas de produção de peixes considerando dois critérios principais: a forma como a água é utilizada e a produtividade de peixes alcançada.
Os sistemas de produção de peixes podem ser classificados de acordo com a forma de uso da água em:
• Sistemas abertos;
• Sistemas semifechados;
• Sistemas fechados.
Em relação à produtividade proporcionada, os sistemas de produção de peixes são basicamente classificados em quatro grupos ou modalidades: extensivo, semi-intensivo, intensivo e superintensivo.
Além disso, é possível combinar os dois critérios de classificação (uso da água e produtividade) dos sistemas para obter uma classificação composta. Por exemplo, os sistemas fechados e intensivos correspondem aos sistemas de recirculação de água, enquanto os sistemas abertos e intensivos são representados pelos sistemas de tanques-rede.
Os sistemas de produção de peixes variam de extensivos até altamente intensivos, onde a proximidade dos mercados consumidores e as altas densidades de estocagem das espécies adotadas compensarão os maiores custos de produção. Os sistemas extensivos apresentam baixa produtividade, em torno de 200 g/m², enquanto os semi-intensivos apresentam produtividades médias entre 500 g a 3 kg/m², e os sistemas intensivos e superintensivos possuem altas densidades de estocagem.
Os sistemas de produção de peixes não funcionam da mesma maneira, pois alguns operam com baixa tecnificação ou incremento substancial de tecnologia, enquanto outros adotam conceitos novos e utilizam várias tecnologias de ponta de forma simultânea e sistemática.
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Por: Thiago de Faria
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