Quanto mais pobre uma comunidade mais doente é a sua população. Certo ou errado? Certo! E quem explica é Marcelo Dias da Silva, professor do Curso CPT Epidemiologia Veterinária. Segundo o especialista “de acordo com a localidade e o perfil socioeconômico, há composições demográficas diferentes, composições de doenças com perfis diferentes e, portanto, avaliações e ações epidemiológicas bastante direcionadas, mesmo dentro do mesmo espaço urbano.”
Isso significa que, do ponto de vista local, é fato que quanto menos favorecida economicamente uma comunidade é, mais exposta a doenças sua população está. O fato se dá devido à precariedade dos serviços como coleta de lixo, tratamento de esgoto, distribuição de água tratada, etc., de modo que o acúmulo de dejetos em espaços abertos favorece o surgimento de animais sinantrópicos, oportunizando doenças.
Outro fator que contribui para a exposição da população dessas comunidades a fatores de risco é a grande concentração de pessoas em pequenos espaços, seja pelo grande número de indivíduos dividindo casas com pouquíssimos cômodos, seja pelo aglomerado de casas construídas muito próximas umas às outras.
Por isso, você, médico veterinário que atua na área de saúde pública deve ter um olhar crítico e sensível às carências dessas localidades, uma vez que dali podem surgir epidemias. É preciso pensar em ações que minimizem os riscos e melhorem a qualidade de vida dessas pessoas.
E não é só isso, do ponto de vista global, a realidade é semelhante. Nota-se em países pobres uma prevalência muito grande de doenças infectocontagiosas e parasitárias, efeito das condições sanitárias ruins e superpopulação. Já em países desenvolvidos, cujos cidadãos atingem idades mais avançadas, constituem famílias com menos filhos e vivem em condições sanitárias e habitacionais, no mínimo, dignas, a prevalência é de doenças crônico-degenerativas.
Por fim, em países intermediários, como o Brasil, é possível que essas duas situações coexistam dentro do seu território, de modo que o perfil sociodemográfico de cada região nacional e de cada região dentro dos próprios municípios expõe uma realidade sanitária diferente.
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Por Silvana Teixeira.
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