O gênero Brucella foi descoberto por Bruce, em 1887. A partir de alguns estudos, foi possível verificar que se tratava da espécie Brucella melitensis (sem notificação no Brasil). Posteriormente, foram descobertas mais algumas espécies, por outros estudiosos, algumas delas causadoras de zoonose em humanos, chamadas de espécies rugosas, como é o caso da Brucella ovis e a Brucella canis.
"As espécies que não causam zoonose em humanos pertencem ao grupo das espécies lisas", explica Dra. Magna Coroa Lima, professora do Curso CPT Microbiologia Veterinária.
Os microrganismos que compõem o gênero Brucella são cocobacilos gram-negativos, intracelulares facultativos, possuem um sistema reprodutor e células reticuloendoteliais, causam infecção de caráter crônico, além de provocarem grandes prejuízos na medicina veterinária e riscos na saúde humana (principalmente tratadores e pessoas que possuem contato mais próximo com os animais infectados).
Os microrganismos do gênero Brucella têm uma resistência baixa à luz solar direta, mas possuem uma capacidade grande de sobrevivência no meio ambiente, em diferentes locais, e nos alimentos, podendo durar até 800 dias. As principais vias de eliminação desses microrganismos em animais têm a ver com fluidos e anexos fetais, sêmen, leite (contaminação grande para os humanos) e mucosas (nasal, oral, conjuntival, genital).
Diagnóstico da Brucelose
De acordo com o Programa Nacional de Controle e Erradicação da Brucelose e da Tuberculose Animal, os testes de triagem devem ser feitos em campo, por médicos veterinários credenciados ou em laboratórios autorizados, seguindo as metodologias e os protocolos indicados pelo MAPA, visando evitar e diminuir os impactos negativos causados pelas zoonoses na saúde animal e humana. Dentre os testes de triagem estão: Anel do Leite e o Rosa Bengala.
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Por Silvana Teixeira.
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