Luiz Eduardo Duarte de Oliveira, professor do Curso CPT Cardiologia de Cães e Gatos, ressalta que as cardiopatias são muito mais comuns do que se imagina nas clínicas médicas de cães e gatos. Por conta disso, o ideal é que tutores estejam preparados para identificá-las de forma precoce.
Assim como nos humanos, o coração é um dos órgãos mais importantes para a manutenção da vida, pois é ele que bombeia o sangue para o organismo dos animais. Logo, não é difícil perceber que as doenças que atacam o coração (cardíacas) colocam em risco a saúde dos pets, apresentando alguns fatores de risco:
- Idade, pois animais mais velhos estão mais sujeitos às cardiopatias;
- Peso (cães muito obesos);
- Sedentarismo;
- Má alimentação;
- Predisposição genética;
- Desmaios;
- Tosse contínua.
Recebe o nome de “cardiopatia” o conjunto de doenças cardíacas que cães e gatos podem apresentar. Em nenhum caso, essas enfermidades podem ser negligenciadas e o diagnóstico precoce e o tratamento adequado ajudam a garantir mais qualidade de vida a esses animais de estimação.
Apesar de cada uma apresentar características peculiares, alguns sinais clínicos são comuns a todas elas:
- Cansaço fácil;
- Mudança de comportamento (animais que eram ativos passam a ficar mais desanimados);
- Cianose, isto é, má oxigenação do sangue arterial (língua roxa é um sintoma);
- Dificuldade em respirar;
- Perda de peso;
Principais doenças cardíacas de cães e gatos
- Insuficiência cardíaca congestiva
A insuficiência cardíaca congestiva ocorre quando há bombeamento insuficiente de sangue, causando descompensação do coração. Logo, é comum o acúmulo de sangue nos vasos, o que dificulta o fluxo normal dele. Consequentemente, há um edema em diversas regiões do corpo, inclusive nos pulmões, com a manifestação de cansaço e tosse.
- Cardiomiopatias dilatada e hipertrófica
Com relação à cardiomiopatia dilatada, apresenta-se mais comum em cães de porte grande, enquanto a hipertrófica é mais comum entre os felinos. Com o afinamento do músculo cardíaco, ocorre o enfraquecimento e, como resultado, a contração realizada com ele não é a ideal. Esse problema pode levar à doença mencionada anteriormente.
- Valvulopatias
A partir da identificação de um “sopro no coração”, observa-se que as válvulas apresentam uma falha anatômica, ocasionando descontrole na passagem de sangue e, por fim, insuficiência cardíaca. Raças de cães de pequeno porte são acometidos pelas valvulopatias mais facilmente.
- Dirofilariose
A dirofilariose é uma das doenças cardíacas que podem ser adquiridas, isto é, transmitidas pela picada de um mosquito. A partir da picada desse vetor, um verme se aloja no coração e dificulta a passagem de sangue, o que atrapalha o funcionamento do órgão. É mais comum em cães e gatos que vivem próximos ao mar ou a áreas de risco.
Diagnóstico e tratamento das cardiopatias
O diagnóstico das doenças cardíacas deve ser feito por um médico veterinário, que realizará a auscultação do órgão, identificando se há ou não alteração nele. Outros exames são necessários para especificar a patologia, a exemplo de raios-x, eletrocardiogramas e ecocardiogramas.
O tratamento é realizado com medicação específica e demanda acompanhamento de um veterinário. Os fatores de risco também podem ser evitados: por exemplo, cães obesos necessitam de alteração na dieta e na rotina de exercícios.
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por Renato Rodrigues
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