
Você é estudante de medicina veterinária ou profissional da área e precisa urgentemente aprender a mensurar metabólitos e não sabe como? A dica é fotometria e quem vai abordar o tema é Waleska de Melo Ferreira Dantas, professora do Curso CPT Patologia Clínica Veterinária. De acordo com o especialista, “Fotometria é a metodologia mais utilizada para a mensuração de metabólitos na bioquímica clínica”. A fotometria pode ser feita empregando-se diversas técnicas, entre elas:
• Fotometria de luz.
• Fotometria de chama.
• Fotometria através de métodos eletroquímicos (aparelhos íons seletivos).
Outra técnica utilizada na bioquímica clínica, também utilizada por muitos profissionais, é a eletroforese de proteínas, por meio da qual se faz a separação das frações proteicas presentes no sangue. A quantidade de proteínas no sangue aumenta quando o animal sofre processos agudos. Essas proteínas são denominadas proteínas de fase aguda.
Coleta de amostras para a fotometria
Material necessário para coletar amostras de sangue para exame bioquímico:
• Seringas estéreis.
• Tubos a vácuo com anticoagulante para obtenção de plasma.
• Tubos a vácuo sem anticoagulante para obtenção do soro sanguíneo.

Foto: Material necessário para coleta de amostras e análise bioquímica
O tubo a vácuo com anticoagulante permitirá a integridade da amostra de sangue para obtenção de plasma. O tubo a vácuo sem anticoagulante propicia a coagulação do sangue. Desse modo, é possível separar o soro da parte celular.
Em grandes animais, um equino por exemplo, o sangue para esse tipo de exame deve ser coletado através da via jugular externa, utilizando-se o sistema a vácuo. Para fazer análises bioquímicas, utiliza-se tubos sem anticoagulante e com anticoagulante.
Na imagem a seguir, o tubo de tampa cinza possui fluoreto de sódio, que permite a mensuração da glicose plasmática e do lactato.

Foto: Tubos para coleta de amostra para bioquímica clínica
Já o tubo de tampa vermelha possui ativador de coágulo que permite posterior separação entre o soro e a parte celular do sangue. O tubo de tampa amarela, por sua vez, possui um gel separador de coágulo, que permanece entre a parte celular e o soro logo após a coagulação do sangue. Esse gel facilita a separação entre a parte celular e o soro, impedindo que as células sanguíneas utilizem os metabólitos presentes no soro para sua preservação.
Não há uma ordem correta em relação às cores dos tubos para a coleta do sangue, por isso, pode-se escolher qualquer um deles para iniciar o procedimento. É importante que o profissional responsável por esse procedimento faça a assepsia do canal da jugular com álcool 70% antes de dar início à coleta.
Em seguida, deve-se acoplar a agulha na parte externa do adaptador, fazer o garrote na veia jugular do animal para que ingurgite, manter bisel posicionado para cima e introduzir a agulha no paciente. Realizada essa etapa, acopla-se o tubo de coleta no adaptador para que o sangue flua devido ao efeito do vácuo. Quando o sangue alcançar a capacidade máxima e preencher todo o tubo, o sangue automaticamente para de fluir.

Foto: Coleta de sangue para bioquímica clínica em equinos
A troca dos tubos deve ser feita sem retirar a agulha da via de acesso. Ao trocá-los, deve-se fazer uma leve homogeneização na amostra coletada. Terminada a coleta, é hora de retirar a agulha e limpar novamente a região da punção com álcool 70%.
Se acabou? Não, ainda não. O profissional deverá fazer novamente a homogeneização das amostras coletadas para que se misturem ao fluoreto de sódio, ao gel ativador de coágulo e ao anticoagulante que estão presentes nos tubos coletores. Desse modo, finaliza-se o exemplo prático de coleta de sangue a vácuo em grandes animais para bioquímica clínica.
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Por Silvana Teixeira.
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