Necrópsia em suíno: o pulmão

Em uma necrópsia de suíno, a primeira coisa a se fazer ao observar o sistema respiratório é avaliá-lo macroscopicamente. Sendo assim, “deve-se analisar a simetria entre os dois pulmões, a coloração, a crepitação pulmonar ao toque, ocorrência de hepatização pulmonar, hemorragias e presença de nódulos e lesões”, explica João Paulo Machado, professor do Curso CPT Anatomia Patológica: Técnicas de Necropsia.

Abertura do pulmão

A abertura do pulmão se faz com a tesoura começando pela traqueia e seguindo até os brônquios, de modo que, quanto mais brônquios forem abertos, dos dois lados, melhor para análise. Os primeiros fatores que devem ser observados são a coloração interna e a presença de líquidos fluindo ao corte, que caracteriza edema pulmonar. Também, a textura do órgão merece atenção, pois tecido pulmonar se desfazendo facilmente ao corte ou à pressão do toque das mãos indica pneumonia gangrenosa.

Docimasia hidrostática

Um teste importante que deve ser realizado é a docimasia hidrostática, que consiste em cortar um fragmento do pulmão e jogá-lo em um recipiente com água. O normal é esse fragmento boiar, o que indica que ainda havia trânsito de ar nessa parte do pulmão a que ele pertencia. Quando o fragmento afunda, significa que os alvéolos na área já estavam colados.

Foto: Teste da docimasia hidrastática Artigos CPT

Linfonodo mediastínico

Por fim, deve-se coletar o linfonodo mediastínico e observar se, quando cortado, há fluido purulento, que indica processos infecciosos.

Saiba mais sobre o assunto. Leia a(s) matéria(s) a seguir:

- Necropsia em equinos: exame dos órgãos do sistema respiratório

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Por Silvana Teixeira.

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