Você é médico veterinário? Está estudando histologia? Saiba, então, que saber sobre o tecido epitelial de revestimento estará entre suas atividades. Agora, responda: você sabe o que é? Conhece suas funções e características? Se a resposta for negativa ou apenas “um pouco” chegou a sua hora de aprender mais sobre o assunto. Vamos lá?
O tecido epitelial possui muitas funções, como proteção, absorção, secreção, percepção de estímulos, contração, entre outros. Existem dois tipos de tecido epitelial: o tecido epitelial de revestimento e o tecido epitelial glandular. Ambos com características semelhantes, porém com funções diferentes.
“Quando está presente revestindo órgãos, é classificado como tecido epitelial de revestimento, mas, atenção, não estamos falando aqui somente da pele. Estamos falando também do tecido que reveste os órgãos ocos e a parte interna - primeira camada - dos vasos sanguíneos”, explica Maria Rosyane Souza Cruzeiro, professora do Curso CPT Histologia Veterinária.
É importante lembrar, inclusive, que todas as glândulas são originadas do tecido epitelial de revestimento. Isto significa que tanto as glândulas endócrinas quanto as glândulas exócrinas, em sua origem embriológica, foram originadas do tecido epitelial de revestimento.
Mas, afinal, o que é epitélio?
Epitélio nada mais é que a formação de células contíguas, firmemente aderidas, formando lâminas que cobrem ou forram o corpo. Entram aqui nesse conceito o tecido epitelial de revestimento e o tecido epitelial glandular, porém o foco dessa nossa conversa é o tecido epitelial de revestimento.
Apesar de já estar explícito que o tecido epitelial de revestimento reveste, forra o corpo, ainda existem outras funções a ele atribuídas:
1- Absorção
Captar elementos, substâncias, nutrientes de alguns órgãos, e devolver de volta para o sangue.
2- Secreção
Aqui, o caminho é o contrário. Lançar produtos da corrente sanguínea direto para alguns órgãos. Luz dos túbulos renais, por exemplo. Também existe a forma de secreção dos epitélios glandulares, que podem secretar, dependendo da glândula, para luz de superfície de revestimento ou podem secretar, também, para a corrente sanguínea, como é o caso dos hormônios.
3- Percepção de estímulos
Temos muitos epitélios que fazem a percepção de estímulo. Bons exemplos são a língua, que tem botões gustativos, e o olfato.
4- Contração
Pensar em contração é pensar em músculos, não é mesmo? Porém, além dos tecidos musculares também há um tipo de célula epitelial, chamada mioepitelial, composta de actina e miosina, que tem função contrátil, ou seja, tem capacidade de fazer contração, ajudando na eliminação do produto de secreção das glândulas. Ficam localizadas ao redor dos ácinos, das porções secretoras. Um bom exemplo é o testículo, no qual as células mioepiteliais ou mioides têm a capacidade de fazer contração.
5- Proteção
Epitélios formados por várias camadas de células sobrepostas, também chamados de epitélios estratificados, têm capacidade de proteção. Temos vários tipos de proteção mecânica, por exemplo a proteção imunológica, proteção contra raios UV, entre outras. Agem contra atritos, contra abração. Estamos nos referindo aqui ao epitélio da pele, onde se encontram os melanócitos, que produzem melanina, que nos protegem contra protegem contra os raios UV e, também, a proteção mecânica do esôfago, que entram em ação quando ingerimos alimentos quentes, por exemplo.
6- Transporte transcelular
Os tecidos têm a capacidade de fazer com que todas as células trabalhem de forma uníssona, ou seja, de forma integrada, passando os sinalizadores químicos por entre junções intercelulares, permitindo uma comunicação entre elas.
Notamos aqui a grande importância da especialização profissional para quem é da área da medicina veterinária. O que foi tratado aqui é apenas uma pequena parte sobre o assunto. Esta área, de grande demanda no mercado de trabalho e poucos profissionais competentes para atendê-la, é que permite identificar, caracterizar, analisar e descrever as estruturas dos diversos tecidos e órgãos que compões o organismo animal, sendo também uma forma de diagnóstico.
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Por Silvana Teixeira.
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