
Você faz medicina veterinária ou é um profissional da área e precisa aprender mais sobre a Citologia da pele em cães e gatos? Saiba, então, que o exame citológico de pele deve ser a primeira escolha do médico veterinário para diagnóstico de nódulos cutâneos, e quem explica isso é Gustavo Carvalho Cobucci, Mestre em Medicina Veterinária e Professor do Curso CPT Clínica Médica de Cães e Gatos.
Mas isso não é tudo. O especialista diz, ainda, que todo nódulo de pele deve ser puncionado e é muito importante diferenciar sua localização. Quais são elas? Simples:
• Epiderme: no caso de aderência à pele superficial ou ulceração.
• Derme: sendo possível senti-lo em camadas mais profundas da pele
• Subcutâneo: a pele encontra-se livre acima do nódulo.

Foto: Punção em nódulo cutâneo de paciente canino para exame citológico.
O que mais importa ao veterinário quando o assunto em questão é a citologia de pele em cães e gatos? Pois bem, vamos lá:
a) Características e tipos de tumores
As lesões de pele e subcutâneo são classificadas segundo o esquema abaixo:
Na presença de células inflamatórias, a lesão será provavelmente sugestiva de processo inflamatório agudo. Em casos de predominância de neutrófilos ou em casos crônicos, pode haver aumento de macrófagos nos resultados.
b) Coleta por aposição
• Tecidos friáveis;
• TVTC.
A coleta de amostra por aposição pode ser feita em lesões ulceradas. Contudo, o risco de coletar somente debris celulares e células inflamatórias é grande. O TVT apresenta elevada esfoliação e pode ser facilmente diagnosticado por aposição, mesmo na presença de inflamação.
c) Visão das células coletadas
Observe a lâmina com amostra de TVTC coletada por aposição:

Foto: Lâmina de TVTC.
Fonte: Hospital Veterinário (UVV).
A lâmina de TVTC evidencia células redondas e grandes, com cromatina grosseira, nucléolo proeminente, além de múltiplos vacúolos citoplasmáticos. Podemos ver ainda muitos neutrófilos associados.
d) Punção por aspiração
A punção aspirativa deve ser empregada quando a punção por capilaridade não fornecer material suficiente para o exame citológico. Para fazer a aspiração, utiliza-se uma seringa de 5 a 10 mL. O diagnóstico dessa coleta de material no dorso do paciente canino foi compatível com cisto de inclusão epidérmico. Trata-se de um tumor benigno.
Observe na imagem em microscópio, a seguir, debris celulares e cristais de colesterol presentes na amostra. Esses realmente sofreram pouca esfoliação.

Foto: Imagem microscópica de amostra de punção aspirativa em paciente canino.
Fonte: Hospital Veterinário (UVV).
Gostou do assunto? Quer aprender um pouco mais? Leia a matéria abaixo:
- Demodiciose canina generalizada. O que é e como tratar?
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Por Silvana Teixeira.
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