Joaquim Batista é homem conhecido na cidade de Porto Firme. Tem 50 anos, sério e com filhos já criados. Nos últimos tempos, ele andava meio ruim de cama. A coisa começou a perturbar tanto que ele resolveu procurar ajuda com o Conselheiro Lotero.
A receita veio de imediato: comer todos os dias um ensopado de pardal, fórmula que não falha, afirmou o Conselheiro. Joaquim Batista agora começava a entender por que os pardais andavam meio sumidos da cidade, tinha muita gente com o mesmo problema. Tratou logo de contratar o menino, de apelido “Canarinho”, para pegar os pardais. Dona Naná, mulher de Joaquim Batista, sentiu logo a diferença e custou a arrancar o segredo do marido. Ela também foi atrás de “Canarinho” e disse:
- Você podia pegar uns pardais fêmeas para eu fazer um ensopado e, assim, aguentar o repucho lá em casa.
- Uai, Dona Naná, eu não sei qual é pardal fêmea e qual é macho não, eu pego é no bolo.
- Ah! Então tá explicado. Tem dia que Joaquim é macho prá daná e tem dia que ele fica desmunhecando à toa.
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