“A couve-flor (Brassica oleracea) é uma hortaliça que sofre continuamente com o ataque de bactérias e fungos. Ambos causam lesões nas folhas, nos pecíolos e na cabeça da planta hortícola, o que resulta em sérios prejuízos ao horticultor. Para evitar que toda a horta seja contaminada, o controle preventivo é o melhor caminho”, destaca Jacimar Luis de Souza, professor do Curso CPT Cultivo Orgânico de Brócolis, Couve-Flor e Repolho.
Doenças bacterianas
1. Mancha foliar translúcida
A bactéria Pseudomonas syringae ataca a couve-flor, em especial as folhas basais da hortaliça. Os sintomas são lesões foliares, que começam translúcidas e se tornam avermelhadas (com halo amarelado). Com o avanço da doença bacteriana, as folhas da couve-flor apresentam amarelecimento e posterior queda. Não criar condições para o desenvolvimento da bactéria na horta é o melhor método de controle.
2. Podridão negra
A bactéria Xanthomonas campestres concentra o ataque próximo às laterais das folhas da couve-flor. Como sintomas, surgem áreas amareladas, que seguem no sentido do pecíolo. Com o agravamento da doença, as manchas cloróticas necrosam e as folhas murcham devido à desidratação. O desenvolvimento da hortaliça é comprometido, com queda prematura das folhas e apodrecimento.
3. Podridão mole
A bactéria Erwinia carotovora contamina a couve-flor por portas de acesso, como machucados e fendas na planta. Consequentemente ocorre encharcamento, o que amolece o tecido vegetal, daí o nome. Normalmente, surge uma exsudação fétida devido ao apodrecimento da hortaliça. Para evitar a podridão mole da couve-flor, o horticultor deve adquirir sementes sadias de produtores certificados.
Doenças fúngicas
4. Mancha de alternaria
A ação do fungo Alternaria brassicae na couve-flor resulta em lesões circulares, com halo clorótico nas hastes e folhas da planta hortícola. Na cabeça da couve-flor, também surgem manchas cloróticas. Para que a mancha de alternaria não contamine as hortaliças, é indispensável adquirir sementes sadias, que passaram por tratamento. Rotação de culturas e controle da umidade também são medidas de controle eficazes.
5. Hernia
O ataque do fungo Plasmodiophora brassicae promove a formação de galhas nas raízes da couve-flor. Como é de difícil visualização, pois se concentra no sistema radicular da hortaliça, a detecção da Hernia torna-se difícil. Em casos mais avançados da doença fúngica, ocorre clorose parcial e murcha das folhas. Rotação de culturas, plantio de cultivares resistentes e calagem do solo são ótimas medidas preventivas.
6. Míldio
O fungo Peronospora parasítica acomete a couve-flor em todas as fases de desenvolvimento. Com o ataque, surgem manchas oleosas nas folhas, que posteriormente ganham a cor amarronzada. Com o agravo da doença, ocorre murchamento da hortaliça. A aquisição de mudas transplantadas deve ser criteriosa para evitar trazer plantas doentes para a horta. Além disso, é importante plantar cultivares resistentes ao Míldio.
Conheça os Cursos CPT da Área Agricultura Orgânica.
Leia o artigo "Como cultivar couve-flor orgânica."
Fonte: assimquefaz.com
Por Andréa Oliveira.
Basta preencher os campos abaixo para receber o material por e-mail:
Este conteúdo pode ser publicado livremente, no todo ou em parte, em qualquer mídia, eletrônica ou impressa, desde que contenha um link remetendo para o site www.cpt.com.br.
Cursos Relacionados
Deixe seu comentário
Informamos que a resposta será publicada o mais breve possível, assim que passar pela moderação.
Obrigado pela sua participação.