Para a realização de procedimentos, os materiais necessários devem ser organizados em uma bandeja e, posteriormente, destinados ao manejo em questão, pois, dessa forma, é mantida a higiene da sala de procedimentos e medicamento e também é oferecida a melhor assistência aos animais, explica o Prof. Dr. Paulo Henrique Reis Furtado Campos, do Curso Manejo de Leitões do Nascimento à Terminação.
Após 24 horas do nascimento dos leitões e após terem ingerido colostro em quantidade adequada, são realizados os seguintes manejos:
Pesagem: permite avaliar o peso de cada leitão e também a heterogeneidade da leitegada (incidência de animais mais pesados, leves e a média da leitegada).
Desgaste dos dentes: é realizado para evitar acidentes durante a convivência com outros leitões e com a mãe. Esse procedimento é realizado utilizando alicate ou desbastador, sendo que este promove maior segurança ao animal e ao manejador.
Aplicação de ferro: evita que os leitões desenvolvam anemia, considerando que eles nascem com baixos índices de ferro.
Corte da cauda: tem como objetivo evitar o canibalismo entre os animais, as ferramentas utilizadas são o alicate com cauterizador desinfetado e bem afiado.
Para avaliar a necessidade do procedimento, é preciso analisar em cada sistema de produção: a incidência do canibalismo, as práticas de manejo que podem ser adotadas para evitar essa ocorrência e, se considerada necessária, realizar o corte. O corte da cauda é desnecessário quando são proporcionadas condições adequadas de nutrição, temperatura ambiental, enriquecimento do ambiente e densidade apropriada de animais na granja.
Ao identificar os animais, quando necessário, pode-se optar pelo uso de alicate, seguindo o método australiano, ou pela aplicação de brinco, sendo esta última opção mais recomendada devido à natureza menos invasiva e estressante para os animais.
Após 24 horas do nascimento dos leitões, é realizado o manejo, que envolve avaliar o número e peso dos animais, incluindo nascidos vivos, natimortos e mumificados. A pesagem individual possibilita analisar a heterogeneidade da leitegada, considerando animais mais pesados, mais leves e a média.
Essas informações, combinadas com dados de outras leitegadas, subsidiarão a tomada de decisões no processo de equalização e uniformização. Isso implica distribuir os leitões entre as porcas lactantes para equilibrar o número por fêmea e formar grupos mais homogêneos, garantindo melhores oportunidades para todos os leitões durante a fase inicial de desenvolvimento.
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Por: Thiago de Faria
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