Fatores como a redução de peixes em mananciais de água doce, devido à pesca predatória, e o significativo crescimento populacional têm feito com que aumente a demanda mundial por esse alimento. Sendo assim, tal situação aponta que é preciso um aumento na produção de peixes. Portanto, é nesse cenário que a piscicultura surge como uma alternativa de abastecimento dos mercados consumidores.
No Brasil, a criação de peixes possui grande potencial. O país atende os mercados interno e externo, um de seus compradores de tilápia por exemplo é os Estados Unidos. Mas, para continuar ganhando espaço, é necessário que a piscicultura brasileira continue se desenvolvendo.
Tipos de piscicultura
Alevinagem, recria e engorda são as três fases que compõem o cultivo de peixes. Cada uma exige um manejo adequado. Em todas elas, o piscicultor deve buscar os conhecimentos específicos e aplicá-los corretamente, de modo a garantir as condições ideais de sobrevivência para os peixes.
A primeira fase é a alevinagem, nela, como o próprio nome diz, ocorre a produção de alevinos, palavra utilizada para designar os filhotes de peixes. Os alevinos permanecem nos criatórios até serem vendidos a piscicultoras responsáveis pela recria, o que ocorre apenas quando alcançam o tamanho e o peso ideais.
A fase de recria por sua vez tem duas possibilidades. Uma é ser realizada de forma independente, recriando alevinos até se tornarem peixes juvenis e serem comercializados às piscicultoras de engorda. A outra é associar essa fase à de engorda, ou seja, os peixes juvenis são criados separadamente até ficarem prontos para o mercado.
Já a fase de engorda prevê a aquisição de peixes de piscicultoras especializadas na recria de alevinos, a criação dos mesmos até se tornarem adultos e serem comercializados.
Principais espécies
No que diz respeito às espécies, aquelas mais produzidas para a comercialização subdividem-se em: peixes tropicais, peixes de clima frio ou temperado e peixes ornamentais. Os peixes tropicais caracterizam-se por se desenvolverem em águas com temperaturas entre 22 e 30ºC. Entre eles citam-se: tilápia, carpa, pacu, tambaqui e piau.
Entre os de clima frio, no Brasil, destaca-se a truta, que é considerado um peixe nobre. Já os peixes ornamentais, muitos deles destinam-se à aquariofilia, ou seja, à criação de peixes para aquário. São muitas espécies, seguem algumas delas, o nome vulgar acompanhado do científico: Acará disco (Symphysodom spp); Tricogaster léri (Trychogaster leeri); Carpa colorida, koi (Cyprinus carpio); Coridora (Corydora spp); Lápis, nanostomus (Nannostomus anômalos); Paulistinha (Brachydanio rerio).
Sistemas de produção
Quanto aos sistemas de produção, existem quatro: extensivo, semi-intensivo, intensivo e superintensivo. Caberá ao piscicultor escolher aquele que atenda melhor à espécie que será criada. O sistema extensivo é indicado por exemplo para espécies como tilápia, surubim, carpas, pacu, tambaqui e piau. Nesse sistema, os peixes juvenis são colocados em lagos, ou represas; não há fornecimento de ração; possui baixa produtividade; utiliza-se o policultivo, uma técnica em que espécies diferentes são cultivadas no mesmo viveiro.
Para o semi-intensivo, também são utilizados lagoas ou represas. Nesse sistema, os peixes se alimentam de rações e restos de alimentos ou dejetos de animais. Costuma ser uma atividade secundária na propriedade rural. Destina-se ao fornecimentos de peixes a pesque-pagues ou ao comércio de peixes abatidos em pequena escala.
O intensivo objetiva obter alta produtividade. É praticado em viveiros, as fases de recria e de engorda são bem definidas. Elas podem ser realizadas tanto em conjunto quanto separadamente. Esse sistema geralmente é adotado pelas piscicultoras que visam aos mercados voltados para peixes abatidos.
Conheça os Cursos a Distância CPT da área Piscicultura.
Por Luci Silva
Quer saber mais sobre o Curso? Dê Play no vídeo abaixo:
Este conteúdo pode ser publicado livremente, no todo ou em parte, em qualquer mídia, eletrônica ou impressa, desde que contenha um link remetendo para o site www.cpt.com.br.
Cursos Relacionados
Deixe seu comentário
Informamos que a resposta será publicada o mais breve possível, assim que passar pela moderação.
Obrigado pela sua participação.
Comentários
alex de souza oliveira
17 de nov. de 2012Eu fiz uma represa para criar peixes. mais a água não para , seca muito rápido a represa? O que faço para a água ficar.
Resposta do Portal Cursos CPT
20 de nov. de 2012Olá Alex,
Agradecemos pela sua visita e comentário em nosso site.
Certamente o problema em sua represa, está na estrutura feita que dá vazão à água em algum local.
É necessário que você chame um especialista para observar e reparar o que está acontecendo.
Atenciosamente,
Natália Mayrink De Lazzari