
Datas comemorativas trazem à tona assunto importante que reflete a situação atual da sociedade. No dia seis de março, é celebrado o dia da igualdade salarial. Pode ser coincidência ou não, mas, apenas dois dias depois, em oito de março, é comemorado o “Dia da Mulher”, ou seja, não existe época melhor para se falar sobre a mulher no mercado de trabalho e os obstáculos que ela enfrentou – e continua a enfrentar – para alcançar o sucesso.
Porém, independente das dificuldades, a mulher tem participado, a cada dia, de forma mais ativa, do mercado de trabalho e assumindo postos que, até pouco tempo, eram considerados masculinos, ou, em outros casos, assumindo a responsabilidade de querer ser dona de casa e não precisar dar explicações devido à sua escolha: a liberdade de escolha é cada vez maior e o sentimento de culpa cada vez menor, assim como a pressão da sociedade que também tende a continuar diminuindo.
E elas querem cada vez mais. Querem a liberdade e a estabilidade financeira, familiar, pessoal, e em toda e qualquer outra área que seja possível pensar – e o sucesso está disponível para todas. Madalena Feliciano, diretora geral do Instituto Profissional de Coaching e mãe de cinco filhos, sente na pele como é ser uma mulher de sucesso dedicada à carreira, e, ainda assim, mãe de família – e admite, nem sempre foi fácil.
Ela explica: “unir carreira e família não é algo fácil – ainda mais quando se tem cinco filhos, como é o meu caso. Porém, essa foi uma opção que fiz e estou completamente segura e feliz com ela. No começo, as coisas parecem mais complicadas, mas, com o passar do tempo, a gente percebe que, com disciplina, força de vontade e o apoio de pessoas próximas, é possível sim ter uma carreira bem sucedida e construir uma família”, relata.
Mas isso não quer dizer que, para ser considerada uma mulher de sucesso é preciso construir uma família “tradicional”. É cada vez maior o número de mulheres que optam por não ter filhos ou por engravidarem apenas depois dos 30 ou 35 anos, quando já possuem uma carreira estável e/ou um relacionamento que lhes traga segurança.
“A mulher precisa lembrar que não existe certo ou errado: é tudo uma questão de escolha. Se optar por não ter filhos, tudo bem; se optar por ter filhos, tudo bem também. É clichê, sim, mas a única coisa que importa é que ela sinta-se feliz e satisfeita consigo mesma nos âmbitos pessoal e profissional”, exalta Madalena.
Porém, apesar de as mulheres estarem ‘em alta’ e conquistarem cada vez mais seu espaço consolidado na sociedade, ainda existe bastante preconceito no mundo corporativo – e, ao invés de abaixar a cabeça e aceitar essa questão, a coach diz que é preciso que as mulheres se unam e lutem contra isso, mostrando que são tão capazes quanto os homens e que merecem o mesmo respeito que qualquer outro trabalhador, independente do sexo.
“As barreiras estão sendo vencidas com o tempo, mas isso só acontece porque as mulheres estão ‘dando a cara à tapa’ e mostrando de forma prática que são eficientes, responsáveis, e, acima de tudo, boas profissionais”, exalta a coach, que completa: “os obstáculos sempre existirão, mas cabe a nós decidir o que fazer frente a eles: vencê-los ou deixar com que eles nos vençam. Eu opto pela primeira opção, e você?”.
Madalena Feliciano, diretora geral do Instituto Profissional de Coaching.

Este conteúdo pode ser publicado livremente, no todo ou em parte, em qualquer mídia, eletrônica ou impressa, desde que contenha um link remetendo para o site www.cpt.com.br.